Haja bronze

Luis Nassif: A vedete e o presidente

A entrevista de Virginia Lane à rádio Globo, dizendo estar na cama com Getúlio Vargas (que teria sido assassinado na sua presença) parece mais história da Carochinha (clique aqui).

Primeiro, é duvidosa essa história de que Getúlio e Virgínia foram amantes. Getúlio freqüentava o teatro de revista, mas segundo depoimentos insuspeitos de pessoas que conviveram com ele, era reservado, não era promíscuo e seu nível de mulheres era sensivelmente superior ao de Virginia Lane. A misteriosa amante que ele menciona em seu diário, por exemplo, era Aimée Sottomaior, cortesã de altíssima nível.

A própria vedete se enrola ao contar que Getúlio pediu para que ela não relatasse nada sobre o seu assassinato para não criar escândalo. Mas como, se ele foi assassinado de surpresa? Ah, responde ela, ele sabia que seria alvo desse atentado e me pediu antes para não contar.

A própria declaração de Virginia que só falaria para a Rádio Globo, porque é a única confiável, colide com a própria história: a Rádio Globo foi o principal instrumento da campanha contra Getúlio.

Bem estranha essa história, de fato. Mas eu fico imaginando se essa história for verdadeira… A primeira pergunta que passa pela minha cabeça é: o que se vai fazer com a centena de monumentos com a carta-testamento que tem em tudo que é praça de cidade gaúcha? É um bocado de bronze que foi usado por aí.

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