A resposta é 42

O Guia do Mochileiro das Galáxias
Douglas Adams

Muito além, nos confins inexplorados da região mais brega do Braço Ocidental desta Galáxia, há um pequeno sol amarelo e esquecido.

Girando em torno deste sol a uma distância de cerca de 148 milhões de quilômetros, há um planetinha verde-azulado absolutamente insignificante, cujas formas de vida, descendentes de primatas, são tão extraordinariamente primitivas que ainda acham que relógios digitais são uma grande idéia.

Este planeta tem – ou melhor, tinha – o seguinte problema: a maioria de seus habitantes estava quase sempre infeliz. Foram sugeridas muitas soluções para esse problema, mas a maior parte delas dizia respeito basicamente à movimentação de pequenos pedaços de papel colorido com números impressos por cima, o que é curioso, já que no geral não eram os tais pedaços de papel colorido que se sentiam infelizes.

E assim o problema continuava sem solução. Muitas pessoas eram más, e maioria delas era muito infeliz, mesmo as que tinham relógios digitais.

Um número cada vez maior de pessoas acreditava que havia sido um erro terrível da espécie descer das árvores. Algumas diziam que até mesmo subir nas árvores tinha sido uma péssima idéia, e que ninguém jamais deveria ter saído do mar.

E, então, uma quinta-feira, quase dois mil anos depois que um homem foi pregado num pedaço de madeira por ter dito que seria ótimo se as pessoas fossem legais umas com as outras para variar, uma garota, sozinha numa pequena lanchonete em Rickmansworth de repente compreendeu o que tinha dado errado todo esse tempo, e finalmente descobriu como o mundo poderia se tornar um lugar bom e feliz. Desta vez estava tudo certo, ia funcionar, e ninguém teria que ser pregado em coisa nenhuma.

Infelizmente, porém, antes que ela pudesse telefonar para alguém e contar sua descoberta, aconteceu uma catástrofe terrível e idiota, e a idéia perdeu-se para todo o sempre.

Esta não é a história dessa garota.

É a história daquela catástrofe terrível e idiota, e de algumas de suas conseqüências.

É também a história de um livro, chamado O Mochileiro das Galáxias – um livro que não é da Terra, jamais foi publicado na Terra e, até o dia em que ocorreu a terrível catástrofe, nenhum terráqueo jamais o tinha visto ou sequer ouvido falar dele.

Apesar disso, é um livro realmente extraordinário.

Na verdade, foi provavelmente o mais extraordinário dos livros publicados pelas grandes editoras de Ursa Menor – editoras das quais nenhum terráqueo jamais ouvira falar, também.

O livro é não apenas uma obra extraordinária como também um tremendo best-seller – mais popular que a Enciclopédia Celestial do Lar, mais vendido que Mais Cinqüenta e Três Coisas para se Fazer em Gravidade Zero, e mais polêmico que a colossal trilogia filosófica de Oolonn Colluphid, Onde Deus Errou, Mais Alguns Grandes Erros de Deus e Quem é Esse Tal de Deus Afinal?

Em muitas das civilizações mais tranqüilonas da Borda Oriental da Galáxia, O Mochileiro das Galáxias já substituiu a grande Enciclopédia Galáctica como repositório padrão de todo conhecimento e sabedoria, pois ainda que contenha muitas omissões e textos apócrifos, ou pelo menos terrivelmente incorretos, ele é superior à obra mais antiga e mais prosaica em dois aspectos importantes.

Em primeiro lugar, é ligeiramente mais barato; em segundo lugar, traz impressa na capa, em letras garrafais e amigáveis, a frase NÃO ENTRE EM PÂNICO.

Mas a história daquela quinta-feira terrível e idiota, a história de suas extraordinárias conseqüências, a história das interligações inextricáveis entre estas conseqüências e este livro extraordinário – tudo isso teve um começo muito simples.

Começou com uma casa.

Pois a Editora Sextante reeditou o livro!

DNS

Por motivos que eu desconheço não tenho tido muita sorte para acessar o domínio pilger.com.br daqui onde trabalho. Simplesmente o DNS não reconhece o endereço, de forma que acesso via IP. Pois bem, cansado dessa história toda resolvi ir no arquivo C:\\WINNT\\system32\\drivers\\etc\\hosts e acresceitei as seguintes linhas:

66.225.229.125 pilger.com.br
66.225.229.125 www.pilger.com.br
66.225.229.125 charles.pilger.com.br
66.225.229.125 www.charles.pilger.com.br

Funcionou 🙂

Falando em Taquara…

Olha só o ícone que inventaram de colocar lá na comunidade Taquara no Orkut:

\"\"

A explicação do Felipe Kellermann para ícone tão inusitado é uma pérola:

O Bruno sugeriu que usássemos o brasão da cidade na imagem da community, mas eu tive que fazer esta homenagem ao ícone das cyber communities da nossa cidade, usar aquela imagem estranha do boné dele e usar esta frase que ele já usa desde… sempre.

É, se dúvida nenhuma sou o toledense (para quem não consegue enxergar aquele boné é o boné da 30ª Festa Nacional do Porco no Rolete de Toledo – PR) mais ilustre de Taquara depois dos meus pais e da minha irmã!
😀

Capitanias

Palavras do Cristaldo:

Penso ser saudável, para quem escreve, este atrito com sua comunidade. As cidades do interior são cheias de brios, não por acaso se auto-intitulam Capital do Arroz, Capital da Paz, Princesa da Serra, coisas do gênero. (…) Mas estas pequenas comunidades se equivocam ao condenar e expulsar o rebelde. (Falo daquele que estuda, lê, pesquisa). Quando uma pessoa passa a criticar ou mesmo insultar sua cidade, é porque gosta dela e gostaria de vê-la transformada para melhor. Ninguém xinga uma mulher que lhe é indiferente.

Pior é que eu gosto de Taquara. E gosto de São Leopoldo. E queria ser mais cruel com elas… E vale lembrar: Taquara é a Capital do Sorriso. E São Leopoldo? É capital do quê? Enfim, são duas cidades que eu gosto e odeio, amo e que em certas horas quero ver longe. Atualmente a minha relação com São Leopoldo é de desânimo, porém com um sentimento de \”tenho que fazer algo para melhorar isso aqui\”, enquanto com Taquara é de ódio e desprezo, pela decadência que a cidade está vivendo. Quisera que meus pais e a minha irmã não morassem mais lá, quisera!

Campeão

Mais uma vez esqueci de pagar a conta da luz (não, eu não confio em débito automático) e vou ter que pagar multa para a biblioteca da Unisinos por conta de 5 livros atrasados. E aí tomo o quê? Pó de guaraná ou gingsen? Qual dos dois é melhor para a memória?

Mundo pequeno

A cada dia que passa me convenço mais que o mundo é pequeno… Ontem liguei para o meu cunhado para ver com estavam as coisas lá em Taquara, e ele me disse que os meus pais iam voltar de Balneário Camboriú agora essa semana. Desliguei tranqüilo e só agora de manhã me caiu a ficha: e o ciclone? Atingiu Camboriú ou não? Fui ver em sites de notícias e necas de encontrar algo sobre a cidade. O jeito então foi apelar para os blogs. Acesso um, acesso outro, e caio nO Curinga. Lá leio que \”o ciclone-furacão já passou (ao que parece). Ventou muito, chuviscou, mas nada mais além disso.\” e respirei aliviado. Foi aí que me caiu a ficha de que aquele blog ali não me era estranho. Olho para o lado direito da página e eis que vejo um link para o meu blog. Daí me lembrei que eu já tinha visto ele na minha lista de referrers… E depois querem me dizer que o mundo é grande.

E agradeço ao Curinga pela informação: essa pequena observação sobre o tempo deixou minha manhã bem mais tranqüila 🙂

Meteorologista é bicho triste

Pois é, e eis que o ciclone (ou furacão) passou pelo litoral gaúcho e catarinense e fez um estrago considerável, resultando inclusive em mortes. Mas o que deve se levar em conta é que o governo podia ter evacuado o pessoal do litoral e não o fez:

O governador Germano Rigotto disse que manteve contato permanente, desde sexta-feira, com o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, acompanhando a evolução do ciclone. Já às 10h30min de sábado, em contato telefônico com o ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, Rigotto cogitou a possibilidade de evacuação da faixa litorânea de Torres. \’Em nova conversa, às 16h30min, interpretamos que a medida não seria necessária, já que as previsões meteorológicas consideravam que os efeitos do ciclone não seriam devastadores\’, disse o governador. Ele pediu para que os moradores do Litoral permanecessem em local seguro, mantendo distância de placas de publicidade, postes e árvores a fim de evitar incidentes maiores.

Me surpreende esse povo levar a sério o metereologista fala. Afinal tá todo mundo cansado de saber que, por exemplo, se o Cléo Kuhn diz que vai fazer sol você deve sair de casa com um guarda-chuva debaixo do braço. Se tem um meteorologista que merece ser levado a sério esse é o Eugênio Hackbart. O resto é bobagem.

Antes que eu esqueça…

Mas que beleza de show o de ontem, não? O pessoal da Screams of Life simplesmente atingiu níveis absurdos de… de… sei lá, intensidade musical. Sim, é uma expressão horrível, mas não tem como descrever o que foi aquilo. Maravilhoso!