É fogo…

Saí um pouco mais cedo do trabalho, cheguei em casa, me meti na cama e apaguei. Acordei a pouco tempo, jantei e já vou voltar prá cama. Meu nariz está completamente entupido, e a cabeça dói. Estou me entupindo de remédio, e até pro limão e mel eu já apelei. Se tem uma coisa ruim no inverno é isso: resfriado. Só quero ver se vou conseguir trabalhar amanhã 🙁 Porque a gente tem que ficar mal justamente na época em que tem mais coisa para fazer e que tem uma galera dependendo do que a gente faz?

Blogs blogs blogs

Estou vendo pela TV Unisinos o professor André Lemos falando sobre blogs. Sim, eu estou assistindo uma explicação teórica sobre weblogs, o que não deixa de ser um grande de um umbiguismo cibernético. E quer saber? Percebe-se que ele lê muito o que blogueiros falam sobre si mesmo e que não tem um blog de caráter pessoal. Se tem não divulga 😉 Mas, enfim, quem sou eu prá apitar. O fato é que ele está correto em dizer que blogs são banais, e que é justamente isso que é legal neles. De qualquer maneira fica o registro: num evento acadêmico foram citados o Arredores (para ilustrar a idéia de vizinhança) e a Lia Caldas (sobre o ato de \”blogar\”).

Update: o André Lemos durante as perguntas divulgou o endereço do blog dele… Bem que eu estava achando estranho 🙂 Ah, claro! É um blog focado em cibercultura 😉

Almost famous

Que coisa. Saí na lista de sugestões de blogs dessa semana do Gravatá, lá nO Globo Online. Aliás, o Globo publicou uma matéria enorme sobre blogs, onde está escrito:

Uma das vantagens principais do blog é ser território livre, onde se escreve (e publica) o que se quer. E, felizmente, a idéia de que eles são “diários na rede” já está sendo ultrapassada. Diferente dos diários de papel, a maior parte dos blogs é escrita para informar e não apenas como forma de desabafo pessoal.

Eu só queria saber de onde tiraram a idéia de que um diário só serve para desabafar. O bom dos diários é recordar, e blogs podem muito bem ser crônicas de uma vida que vai se levando. Se a pessoa usa um diário só pra desabafar o problema está na pessoa, não no diário.

Mas, enfim, o fato é que tô saindo na Zero Hora, tô saindo nO Globo… Tudo Rede Globo 🙂 Acho que se eu ainda estivesse no PT os caras me expulsavam :))

They shoot horses, dont\’t they?

Hoje fiz algo que a muito tempo não fazia: li de uma sentada só um livro. No caso Mas não se mata cavalo?, de Horace McCoy, que já rendeu até filme (A Noite Dos Desesperados, do Sydney Pollack com a Jane Fonda). Ok, o livro é curto, só 153 páginas, mas é uma paulada. Sinta só a abertura:


– Levante-se o réu.

Levantei-me. Por um momento tornei a ver Glória sentada naquele banco lá no trapiche. A bala lhe entrara bem no lado do crânio; o sangue nem sequer começara a escorrer. O clarão do tiro ainda lhe iluminava o rosto. Tudo me parecia claro como o dia. Lá estava ela num absoluto repouso, no mais completo bem-estar. Ao golpe da bala a cabeça lhe caíra um pouco para o lado oposto ao em que eu estava; eu não tinha uma visão completa de seu perfil, mas podia ver de seu rosto e de seus lábios o suficiente para saber que ela estava sorrindo. O promotor público estava enganado quando disse ao júri que ela morrera em agonia, sem amigos, sem outra companhia senão a de seu brutal assassino, ali, naquela noite negra, à beira do Pacífico. Ele estava enganado, tanto quanto um ser humano pode estar. Ela não morreu em agonia. Estava em repouso, numa grande felicidade, e sorria… Foi a primeira vez que a vi sorrir. Como podia estar em agonia? Além disso, ela tinha amigos, sim.

Eu era o seu melhor amigo. O seu único amigo. Ninguém pode dizer que ela não tinha amigos.

O livro é de 1935, e a tradução de Érico Veríssimo. Se você encontrar por aí não se furte de ler essa pequena pérola.

Apanhador

Pois vai ter festa dO Apanhador sexta-feira que vem, lá no BR 3. Essa festa é especial por dois motivos: uma que é o aniversário do Marcos, gente fina prá caramba e que é um dos editores. O outro motivo é que vai sair um artigo meu na zine sobre Nick Cave. Depois, quando colocarem uma cópia do zine na rede, eu boto o link aqui 😉

Homem Aranha

Só para matar a curiosidade fui ver o Homem Aranha. O filme é bom, quase fiel aos quadrinhos, e se não fosse por um detalhe eu acharia uma adaptação tão boa quanto X-Men ou Super Homem. Qual é o detalhe? É que o Peter Paker é um tremendo de um babaca!!! De todos os heróis existentes ele só consegue perder pro Surfista Prateado em termos de encheção de saco! Só numa coisa ele é insuperável: é o herói mais pé-frio de todos os tempos. Todos que chegam perto dele acabam se estrepando. E nisso o filme foi fiel. Só não foi 100% porque daí não tinha beijo da mocinha no final, mas daí é pedir demais prá Hollywood.

Ou seja: se você gosta do Aranha, das \”indagações filosóficas\” dele sobre responsabilidade e dos constantes arrependimentos acerca do que ele deixou de fazer na hora certa, vá em frente. É um bom espetáculo, muito bem feito, com belos efeitos especiais e algumas sacadas ótimas (tipo trocar uma aranha radiotiva por uma genéticamente manipulada). Eu da minha parte vou evitar ver algum reprise.

Mais filmes

Comprei mais dois filmes a 3,99: Vidas sem rumo, do Coppola, e A menina do outro lado da rua, com a Jodie Foster. Dois pequenos clássicos sobre jovens solitários com adultos que quando chegam perto é só para oprimir. Stay gold Pony Boy, stay gold.