Tudo e nada

Não quero dizer nada, mas acho que a foto pornô mais legal que eu já vi é essa (achei aqui). Ao mesmo tempo que mostra tudo esconde, deixa dúvidas, faz a gente imaginar coisas, se perguntar. E é bonito de ver. Posso dizer que achei que está num nível acima das fotos da Natacha Merritt.

8-O

Pequeno diálogo pelo ICQ:

CRPilger : que filme é esse?

Diego : sei lá, o bolota que deu o serviço. parece ser na linha do Gummo, e do Ken Park, doente até a raiz do cabelo. é de um diretor de clipes descolê, e tem o Rob Halford, o Mickey Rourke e a Mena Suvari no elenco

Diego : trilha original do Billy Corgann

CRPilger: hmmm… bem, depois que eu olhar o filme olho o site. tenho um certo desapego por sites de filmes que eu não vi.

Diego: :-{}

CRPilger: sério

tem site que é como trailer: uma maravilha.

daí tu vai ver o filme e é aquela coisa. assim melhor nem ver um ou outro antes do filme.

eu por exemplo gosto de olhar trailer de filmes depois que vi eles

Diego: neura.pilger.com.br

Até parece…

Update: quase que usei essa imagem prá página, mas evitei para não ficar perdendo tempo dizendo que não sei quem é o cara. Mas que é uma imagem e tanto é…

O verdadeiro interessado

Recebi esse artigo por email e creio que ele merece o copy&paste integral:

Anslinger e o Narcotráfico

(*) Janer Cristaldo

14/04/2003

Vim para São Paulo há doze anos. De início, morei em Santa Cecília. Como de hábito, ao chegar em uma cidade, vou estabelecendo meus laços com o que chamo de minha base operacional: a moça da quitanda, o barbeiro, os taxistas, os donos de bar e os garçons do bairro. Desde logo fiquei sabendo que, numa esquina próxima, uma quadrilha de nigerianos traficava desde maconha a cocaína. A quadrilha só foi descoberta pela polícia paulistana … no ano passado. Os nigerianos chegaram a montar uma boate, de nome Máfia Siciliana, já sugerindo algo ao cliente potencial. A espelunca era gerida por uma siciliana, casada com um dos traficantes.

Eu, que não cheiro nem fumo, sabia há mais de década que naquela esquina corria frouxo o tráfico de drogas. Diga-se de passagem, ninguém no bairro ignorava o fato. Ninguém exceto a polícia, que só foi saber da coisa uma década depois. Com estardalhaço de imprensa, prenderam a siciliana e os nigerianos. Presos os traficantes, segundo minha base operacional, o tráfico continua normal no pedaço. O bairro tem várias escolas a abastecer, uma justo em frente à Máfia Siciliana, que continua aberta como se nada tivesse acontecido. Afinal, ninguém pretende que os colegiais passem por crises de abstinência. E ainda há quem julgue que, com a ação da polícia, se pode acabar com as drogas.

Começa-se a falar no Brasil, pela primeira vez no alto escalão da República, em descriminalização das drogas. Só depois de terem sido assassinados dois juízes, autoridades chegam à brilhante conclusão: sendo a droga comprável em farmácias, esvazia-se do dia para a noite este poder formidável do tráfico, que já criou bantustões independentes no Estado do Rio. O império da droga no Brasil é muito mais vasto que o das FARC na Colômbia, e ainda há quem se pergunte se não estaríamos entrando em uma fase de \”colombianização\”. Ora, na Colômbia as FARC têm um território definido, separado do que resta do Estado de Direito. Aqui, o tráfico está entranhado no Estado, tem agentes na polícia, deputados no congresso e ministros no Judiciário. A guerrilha marxista da Colômbia jamais sonharia tanto.

A descriminalização – que a imprensa prefere chamar de descriminação, como se o verbo criminalizar não existisse em português – além de ser a solução óbvia ao problema, é a única. Sem a ilicitude da droga, os lucros fabulosos do tráfico viram pó, sem trocadilho. Alguns países europeus, mais pragmáticos, há muito adotaram esta política. No início dos 70, quando eu vivia em Estocolmo, o Estado oferecia locais especiais para quem quisesse curtir seu baseado. Havia bares para maiores de idade e para menores. Jornalista, visitei esses bares, onde uma juventude endinheirada e enfastiada se comprazia em olhar, ora para o vazio, ora para o próprio umbigo. Visitei os bares para maiores de idade, bem entendido. Nos destinados a menores, fui barrado na porta pela polícia. Neles, só menores podiam drogar-se. Hoje, trinta anos depois, não temos notícia alguma de que o tráfico controle cidades na Suécia. Ao controlar o consumo, o Estado controlava o tráfico. Esta mesma política há muito vem sendo adotada na Holanda, Bélgica, Suíça, Espanha e, mais recentemente, em Portugal.

Com a facilidade de acesso às drogas teremos mais drogados, objetam almas mais cautas. Mais acesso do que se tem hoje? Se você quiser droga é só descer até a rua e logo a encontra. Só a polícia não consegue encontrá-la, e para isso terá gordas razões. Em mercados mais sofisticados como Rio e São Paulo, são comuns os disque-drogas, pelos quais você pode encomendá-las por telefone e esperar pela entrega no aconchego de seu lar. Para isto existe a telefonia: para seu conforto. Como o tráfico não é insensível às novas tecnologias, hoje você já pode encomendar suas doses de paraíso artificial até mesmo pela Internet.

Há também quem objete: com a droga em farmácias teremos mais mortes. Ora, sem drogas em farmácia os drogados estão morrendo da mesma forma. Que mais não seja, as farmácias têm as prateleiras lotadas de produtos que matam. Bares e restaurantes também. Tabagismo mata, e o presidente da República pisa em cima do Congresso e autoriza a publicidade do cigarro. Álcool em excesso mata, como também o açúcar mata, e não vamos cogitar de proibir o álcool ou o açúcar. Trânsito mata aos milhares e a publicidade do automóvel prova por A mais B que, se você não tem um automóvel, você não vale um vintém como ser humano. Se a liberação da droga produzir algumas mortes a mais, paciência! Cada cidadão tem direito a escolher sua morte preferida. A bem da verdade, até picanha gorda mata, e nem por isso vamos proibir o churrasco. Para quem quer morrer depressa, o mercado é pródigo em opções.

Por que a maconha é hoje um mercado milionário? Tudo isso porque um certo Mr. Harry Anslinger, diretor do Federal Bureau of Narcotics – daquele mesmo país que nos exporta câncer como atributo do \”homem que sabe o que quer\” – tendo fracassado em sua luta contra o álcool nos anos 30, decidiu demonizar o cânhamo. Entre 1930 e 1934, o Bureau compilou uma série de desinformações sugerindo que o uso da marijuana estava diretamente ligado ao crime, a comportamentos violentos e provocava loucura. Em 35, o país foi inundado com propaganda contra o uso da erva. Em 1937, o Marihuana Tax Act restringia o uso da maconha, o que implicava restrições ao cultivo do cânhamo. Com isso, livrava a indústria do papel da ameaça de um papel produzido a partir da Canabis sativa.

Bons macacos, engolimos a legislação gringa. Sob o olhar complacente do governo, brindamos nosso organismo com cânceres e enfisemas. Graças à proibição da maconha, permitimos aos \”excluídos\” das favelas a construção de um Estado paralelo, hoje com mais poderes que a guerrilha colombiana. Conhecesse um pouco da história recente, a bandidagem brasileira deveria erguer um monumento a Harry Anslinger, este benemérito incentivador do narcotráfico.

(*) Cristaldo é jornalista, escritor e tradutor e vive em São Paulo.

Apesar de achar o penúltimo parágrafo meio confuso, faltando algumas cisas, concordo com tudo que ele escreveu aí, principalmente que o maior interessado na proibição das drogas é o próprio traficante.

Primo é irmão

Época – A família oculta de Jesus

Num texto apócrifo, Evangelho dos Hebreus, que a Igreja ignora, mas muitos estudiosos aceitam pelo valor histórico, o Cristo ressuscitado aparece pela primeira vez ao suposto irmão Tiago, o que estabelece sua preeminência sobre Pedro como autoridade suprema da Igreja. São Jerônimo jamais aceitou que Tiago fosse irmão de Jesus. Era seu primo, segundo o tradutor da Bíblia. Tiago seria filho de uma irmã de Maria que tinha o mesmo nome, Maria de Cléofas. A tradição católica admitiu sua teoria e acabou adotando-o como Tiago Menor, por oposição a Tiago Maior, filho de Zebedeu, ambos santos.

É por conta desses textos apócrifos (que geralmente tornam a figura de Jesus mais humana) que eu não vou atrás do que está escrito na Bíblia. Sabe-se lá quanto do texto foi manipulado, quando foi traduzido de forma incorreta? Simplesmente não dá para confiar.

Assim sendo prefiro viver conforme meu próprio evangelho: não faça aos outros o que não queres que façam a ti. Pronto. É só seguir essa regrinha básica que metade dos problemas do mundo somem.

Semelhanças

\"\"

Não quero dizer nada, mas toda vez que eu vejo a Juliette Binoche eu me lembro da Martina Wartchow… Pena que eu não tenho nenhuma foto dela comigo para poder fazer a comparação.

Mas, enfim, o fato é que eu acho que ela é tão linda quanto 🙂

Palcos

Post interessante do Nasi (vulgo \”o namorado da Julie\” – fazer o que se a guria trabalha na mesma sala que eu?) no blog O caos é meu melhor amigo, que por acaso não tem espaço para comentários:

Qual é o tamanho de Porto Alegre

Cada vez mais se vê grandes eventos com pouca gente em Porto Alegre.
Parece que a cidade é heterogênea demais para que haja grupos de interesse com mais de quinhentas pessoas. Tem crise e erro de estratégia por todos os lados, mas não é só isso, não. Até porque pequenos eventos, começo a recordar, também sofre do mesmo mal.

A nostalgia dá certo por aqui. Os anos 80, com um repertório bem menor de informações disponíveis, foi bem parecido para todo mundo (embora se saiba de DJs de 80s que não incluem Madonna nem Michael Jackson em seus repertórios). Bem como o início dos anos 90. É mais fácil lotar o show do Rush: todo mundo ouviu aquela naba. E a Balonê (se bem que nem cabem 500 pessoas no Ocidente). E um show do TNT.

O nosso tempo é multifacetado. Daqui a pouco, vão ter que fazer não um canal de TV a cabo por pessoa, e sim um programa para cada pessoa. On demand total.

Creio que é esse o motivo pela qual não se firma uma cena na cidade… É neguinho atirando para tudo que é lado, sem formar um público. A dúvida que eu tenho, contudo, é se isso é bom ou ruim. Mercadologicamente falando é péssimo, já que nunca se consegue público para nada, inviabilizando a promoção de eventos, como se pode ver no post seguinte:

Coca-Cola

Ainda o Vibezone: Pato Fu e Ultramen fizeram os melhores shows.
E Pato Fu não deve voltar a Porto Alegre nem arredores nos próximos meses. Ou seja: só depois da longas férias, de sair um disco novo etc etc. Por sinal, a banda sofre com essa história do tamanho da cidade: antes grandona; hoje não consegue lançar o disco MTV ao Vivo em show solo.

Pois é mermão, não é mole não 🙁

Contudo, culturalmente falando, é muito bom, pois mostra um ambiente rico, com uma pluralidade bastante evidente. Prefiro isso à massificação que tivemos nos anos 80, onde o que valia eram as coisas que passavam pelo crivo da Globo. E dá-lhe Michael Jackson e RPM em doses megaestratosféricas. Hoje em dia até se tenta repetir tais fenômenos (vide Ragatanga e outras coisas) mas se vê que a coisa fugiu do controle dos grupos de mídia. DJ Serginho e Racionais MCs estão aí para provar: antes de chegar na TV e nas rádios eles formaram seu próprio público e fizeram a cama deles, independentes de serem artisticamente falando bons ou não. E a grande mídia teve que engolir os dois…

Agora é esperar para ver o que, nesse ambiente multi-facetado que temos aqui na região, vai vingar. Temos de tudo por aqui, e uma hora vai aparecer um grupo que consiga falar tanto com o público da Ultramen como com o da Cachorro Grande como com o da Deus e o Diabo. É esperar para ver se alguém consegue fazer isso.

Anote aí

Se você for um seguidor do Olavo de Carvalho querendo me dar um chute na bunda ou um amigo que quer dar um olá, anote aí:

Rua Saldanha da Gama, 647 / 304 – São Leopoldo – RS

Sim, o apartamento já está com as condições mínimas para receber visitas: geladeira, fogão e chuveiro elétrico funcionando e um lugar confortável para sentar. Só é melhor avisar antes de vir para que seja colocado alguma coisa dentro da geladeira.

😉