Casamento ainda não consumado

Pois é, finalmente a Microsoft liberou a nova versão do Hotmail, o Windows Live Hotmail. Vantagens? Interface Web 2 imitando o Outlook, 2 Gb de espaço, seleção de temas e por aí vai. Contudo a opção mais interessante, mais importante, ainda não está disponível: integração com o Microsoft Office Outlook. É para entrar no ar dentro de alguns dias, então o jeito é esperar.

E aí vem a pergunta: porque essa opção é tão importante? Oras, como é que você vai usar um sistema de email, principalmente no mundo empresarial, que depende o tempo todo de conexão? Não é todo mundo que tem para o seu notebook uma conexão por perto, assim como não é muito esperto fazer uso de um webmail quando você tem em casa uma linha discada. Ok, você pode escrever primeiro o email num editor de textos e depois fazer o copiar&colar, mas isso é um pé no saco, além do que a tua lista de endereços tá lá, na rede, momentaneamente fora do seu alcance. E é importante observar que é na lista de endereços que está o “plus a mais” da integração. Afinal baixar emails para a máquina usando POP não há problemas, contudo administrar seus contatos em dois ambientes torna a coisa toda mais complicada. E ainda há a questão da organização de mensagens por pastas, onde você pode encontrar a informação da mesma maneira tanto no webmail como no cliente desktop, bastando para isso fazer a sincronização de bases… Isso é integração, não só fazer o download da mensagem para um cliente.

O Solon esses dias contou que avançamos sem sair do lugar, justamente falando sobre isso. Pois é, eu só sei que um “GMail Desktop Client” faz uma falta desgraçada, e nesse ponto a Microsoft tá ganhando. Agora só falta ela criar (se é que já não tem pronto em fase alfa) o Windows Live Project e o estrago vai ser algo.

Escrito nas estrelas?

Tem horas que eu gostaria que se fizesse uma espécie de limpeza cultural, que se fizesse um levantamento de tudo que foi criado antes da invenção do microscópio e da descoberta dos micróbios e se passasse o rodo… Afinal foi por conta da ignorância de que a maior parte das doenças se devem à existência das bactérias e de vírus, do desconhecimento de que a reprodução se dá pela união do óvulo com o espermatozóide e da ignorância de que a consciência se dá através de uma rede de neurônios que se formou durante milênios toda uma cadeia de suposições, teorias e explicações absurdas que chegaram a envolver astros e seres com poderes divinos, tudo com o propósito de se entender porque nascemos, sofremos e morremos. Que se passe um pente fino, que se tire tudo que é baseado em suposições, se mantendo os questionamentos que ainda não foram respondidos pela razão.

Afinal não há sentido para se ver, ainda hoje, tanta perda de tempo com a discussão de bobagens como influência das estrelas e se algo foi ou não milagre.

E, aliás, o que é um milagre? É nada mais nada menos algo que não se consegue explicar. É algo que foge da normalidade e que faltam dados para explicar o que aconteceu de fato. Um exemplo é o caso da paulistana Sandra Grossi de Almeida, cujo nascimento do filho é um dos milagres atribuídos ao Frei Galvão. Durante uma gravidez de altíssimo risco Sandra tomou as tais pílulas do Frei Galvão e a criança nasceu sem problemas, assim como a mãe passou bem. E aí? Segundo a obstetra dela “tinha alguma coisa a mais protegendo essa moça que a medicina não explica”. Aí que está: a medicina não explica porque deu tudo certo, contudo é só ler como a gravidez dela foi assistida e ver que se tomou todos os cuidados possíveis para que a gravidez não fosse interrompida. E aí? Bem, deixo a resposta nesse post do Leonardo Boiko, onde ele lembra que antes da intervenção sobrenatural existe o esforço de gente que faz o que pode e que procura aprender cada vez mais, para que essa “alguma coisa a mais” seja extendida a outras pessoas. Se um médico atribui uma cura a um milagre (seja esse milagre de Frei Galvão, da Virgem Maria, de Deus, do Espírito Santo, de Ala, de Shiva, enfim) ele simplesmente está tirando de pessoas com casos semelhantes a possibilidade de cura, já que coloca a variável fé na equação. Olhando por esse ângulo não é a tôa que o Janer Cristaldo não gosta de médicos católicos. É de se observar se, depois da passagem do Papa por Aparecida não se veja uma epidêmia de dengue se alastrando pelo país, as pessoas vão dizer que isso não ocorreu graças a um milagre ou se foi graças ao esforço da força-tarefa para combater focos da dengue que está sendo feito na cidade. Milagre vai ser se as pessoas derem o devido crédito…

Haja fôlego

No que se refere à música uma coisa que eu tiro o chapéu é o beatbox. Para quem não sabe é a arte de imitar instrumentos musicais, principalmente instrumentos de percursão. Aqui no Brasil a gente pode lembrar do Michael Winslow, que fazia o recruta Larvell Jone na série Loucademia de Polícia. E volta e meia, procurando no YouTube, você encontra apresentações primorosas, como essa do Joseph no programa Ídolos francês:


Contudo, melhor que o beatbox é a criação maluca do músico Tim Barsky, o flute beatboxing, que consiste em tocar uma flauta enquanto se faz o beatbox. E no gênero já começa a despontar uma estrela, o novaiorquino Greg Pattillo, que costuma se apresentar no Washington Square Park e que foi esperto o suficiente e colocou uma série de vídeos no Youtube. O que o cara faz é simplesmente de cair o queijo. Um exemplo é essa bela apresentação feita com o baixista Eric Stephenson na estação Union Square do metrô de New York:

Eu fico imaginando o povo passando e se perguntando onde diabos está o percursionista…

É do Google, não é?

Uma das coisas que mais me deixa pasmo no Orkut é como é limitado o sistema de busca deles. Afinal quantas vezes você não quis achar uma determinada mensagem numa comunidade e não tinha como fazer isso. Pois é, não tinha, agora tem. 🙂

Finalmente botaram lá na opção de Pesquisar uma pesquisa por tópico. É só entrar com a palavra desejada e pimba, você fica sabendo em que comunidades um determinado assunto foi discutido. Procurar pelo próprio nome então é uma beleza! Mas bom mesmo é procurar por coisas como “nome da banda” rapidshare, por exemplo. Pois é, já estou vendo uma série de perfis sumindo em função de reclamações de gravadoras… Mas, enfim, fica a dica.

Update: como não pensei nisso antes… Um ego search legal é o seguinte: ir no seu perfil, pegar o número atrás do uid= e mandar ver lá na pesquisa. É realizando buscas como essa que a gente vê que a minha foto com o boné do Festival do Porco no Rolete fez realmente sucesso. 😀

O fim do filme era um clichê

Fazia tempos que eu não dava uma olhada no TramaVirtual, procurando por bandas novas. Assim sendo, fui navegando e vendo se achava algo interessante. Olha, confesso que foi duro sobreviver à enchurrada de bandas emo que surgiram nos últimos tempos, mas o caso é que eu consegui achar uma verdadeira pérola ali no meio: Lem!. Os caras são de Lajeado e colocaram só uma música no site da Trama, o Vermelho e Branco. Vou acompanhar mais de perto a banda para ver se eles colocam mais coisas, já que essa música aí é de tirar o chapéu. 🙂

E o tempo passa…

Teve uma época em que eu sentia com um prazer enorme a chegada do frio. Afinal é quando está frio que me sinto bem mesmo, tanto que meu cérebro funciona melhor, eu durmo melhor, me sinto mais disposto durante o dia e por aí vai.

Só que nos últimos 3 anos é chegar o primeiro frio do outono para ficar resfriado.

É, tô ficando velho.