Abrindo o voto: Presidente

Como eu disse antes, pretendo abrir meu votos, de forma que os leitores desse blog possam dar sua opinião. Bem, então vamos começar por Presidente da República. No caso é escolher entre o Cristovam Buarque, o Geraldo Alckmin, a Heloísa Helena, o José Maria Eymael e o Luciano Bivar. O Lula está devidamente descartado da minha lista.

Então, qual desses vai levar o meu voto? A resposta é Cristovam Buarque:

Cristovam Buarque

E porquê? A resposta é simples: EDUCAÇÃO. Enquanto os outros candidatos ficam com propostas envolvendo imposto único, reforma tributária, não pagamento da dívida externa, o Cristovam coloca que a prioridade dele é educação e bate muito nisso. Vale a pena destacar alguns trechos da entrevista dada para o Jornal Nacional no dia 09.08.2006:

Cristovam Buarque: (…) o Bolsa Escola surgiu em 1986, quando eu era reitor, publiquei um livro dizendo isso, e no primeiro dia de meu governo eu lancei. (…) Ampliamos a jornada, aumentamos 64% do salário do professor, criamos o Poupança Escola. Toda criança da Bolsa Escola recebia, no final do ano, se passasse de ano, o dinheiro na caderneta de poupança.
(…)
Cristovam Buarque: Criei o programa de certificação federal do professor, que é o passo do que eu chamo de federalização, criei o programa de erradicação do analfabetismo em quatro anos, que o presidente em março já disse que eu queria comer cru, que quem come apressado come cru. Criei o programa de escola ideal…
(…)
Cristovam Buarque: Toda criança tem que aprender a ler antes dos sete, oito anos de idade, em qualquer cidade do Brasil. Hoje é impossível, sabe porque? Porque a desigualdade de uma cidade para outra é muito grande e a vontade de um prefeito para o outro é muito grande. Você tem que ter uma lei de responsabilidade educacional. O prefeito que não cumprir metas federais fica inelegível. (…) É preciso fazer com que educação básica seja uma responsabilidade do presidente. Aí definem-se metas para o país inteiro. Padrões para o país inteiro. Toleram-se as diferenças de cada um.
(…)
Cristovam Buarque: O governo federal acabou de gastar R$ 9 bilhões para cobrir um rombo do fundo de pensões de uma estatal. R$ 9 bilhões. Eu falo em R$ 7 bilhões. Não só para o salário. Para o salário, para construir escola, para botar horário integral, para tudo isso. R$ 7 bilhões é 1% do orçamento.
(…)
Cristovam Buarque: Professor tem que virar gente nesse país porque a pergunta mais séria é porque é que não teve ainda um salário-mínimo para professor, gente? Tem para toda profissão. Por que? Porque deixou-se que é um critério municipal. Vamos definir um salário para professor, a nível federal. Professor merece. Outra coisa. O futuro do Brasil tá no professor. A gente quando faz um viaduto, uma estrada, leva de um lugar para o outro. Mas do presente ao futuro, só a escola, só o professor.
(…)
Cristovam Buarque: Eu estou aqui porque eu quero mudar o meu país. E só tem um jeito de mudar. É uma revolução na educação.
William Bonner: Eu gostaria de saber então, esta é sua prioridade, educação. Qual é a sua segunda prioridade?
Cristovam Buarque: Todas as outras. Mas são obrigações. Tem que cuidar da economia, da saúde, da escola, da estrada. Agora, mudar, fazer um Brasil novo. O Brasil bate numa parede. A gente cresce mas não distribui. A gente faz estrada, mas tem que fazer cadeia. Vocês viram o noticiário até a pouco. O noticiário só tem corrupção, só tem desperdício, perda. Sua educação é que vai revolucionar o Brasil.

Pois é, educação. E nessa hora vale lembrar a clássica frase do doutor Derek Bok, ex-reitor de Harvard: “Se você acha educação cara, tente a ignorância.”

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