Desde pequenos só lemos os quadrinhos dos jornais

\"\"Por motivos que prefiro não entrar em detalhes fiquei quase sem usar o computador esse fim de semana. Nada sério, já resolvido, mas que fez com que várias coisas que eu tinha me planejado fazer não foram em frente. De qualquer maneira isso teve uma vantagem: me deu tempo para acabar um dos vários livros que eu leio ao mesmo tempo. No caso Dias de Luta – O rock e o Brasil dos anos 80, de Ricardo Alexandre. Repleto de depoimentos, mostra como foi a ascenção e o ocaso do rock no Brasil, da Blitz até a substituição pelo axé e coisas do gênero nas paradas. Para quem gosta de cultura pop com certeza é coisa obrigatória. Eu só chamaria a atenção contudo para um detalhe: não espere um livro de uma pessoa apaixonada pelo assunto. Já no prefácio o autor já avisa que vai analisar o período mais por suas características do que por gostar da música feita na época, música que ele não gostava. Assim, o que temos é uma visão mais baseada em termos de \”tal música fez sucesso\” do que pela qualidade da música em si. Assim, boas bandas acabam tendo pouco destaque, dando-se mais espaço para as bandas que fizeram sucesso. Ok, normal isso, mas não deixa de ser meio chato ver coisas como João Penca & Seus Miquinhos Amestrados ganharem tantas citações, mesmo que eles tenham feito o seu papel para a cultura pop entrar na mídia. Aliás, é incrível como o cara é tão indulgente com o rock feito no Rio de janeiro, uma coisa que tentava soar engraçadinha a maior parte do tempo. Algo realmente horrível… De qualquer maneira vale a pena ler, nem que seja para entender como hoje as TVs e as rádios estão mergulhado nesse mar de mediocridade que vemos diariamente. Sim, a coisa toda começou lá, nos anos 80.

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