Gênio!

no minimo: Pereiozinho paz-e-amor

“Fiquei muito feliz com a homenagem do Canal Brasil, me chamaram para narrar profissionalmente, por dinheiro, na terceira pessoa. Mas era meio babação-de-ovo e aí, conversando com o Allan (Sieber, da Toscographics, que também vai criar a abertura do programa de Peréio no Canal Brasil), eu disse que eu queria aparecer de outra forma, com as pessoas falando mal de mim em vez de eu falando bem de mim mesmo.”

(…)

“O Peréio decidiu esticar uma noitada, eu quis ir pra casa. Ele levou meu carro para uma boca-de-fumo em cima do Rebouças e ficou lá tomando cerveja. O freio estava solto e o carro despencou, outros bateram em cima, as luzes dos túneis apagaram, o trânsito ficou completamente paralisado. Ele estava sem os documentos e foi levado para a delegacia. No dia seguinte, voltou para casa e tudo que ele disse, pegando o jornal na mesa para ler a chamada de capa sobre o acidente, foi: ‘esses jornalistas entendem tudo errado mesmo. Não é Carro despenca na boca do túnel, a manchete tinha que ser ‘Carro despenca da boca no túnel’”

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Numa cidadezinha, Peréio recebeu um agrado de um membro da entourage: um espelho em que se lia seu nome escrito com carreiras de pó. O ator analisou o presente e deu a entender que era pouco: “Está faltando o acento no e”.

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João Velho, de 20 anos, interpreta o jogo de claro e escuro do pai além do palco: “Ele tem um senso de escrotidão apuradíssimo. Ele não é escroto, mas ele gosta de bancar o escroto e sabe fazer isso. Por outro lado, tem um coração maravilhoso, conhece profundamente os filhos e é um dos meus melhores amigos. Ele só não tolera nenhum tipo de pieguice. Se ele detecta qualquer sinal disso em alguém, descarta o papo”, revela o filho, que também é ator.

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(…) viveu alguns meses na casa do irmão, Pingo, que também é ator. Uma cena do documentário de Allan Sieber mostra Pingo e Peréio num quarto de hotel no Distrito Federal. Deitado de barriga para cima na cama, com a voz embargada, Pingo dirige-se à câmera: “Ele só fodeu comigo. Ele beijou a minha mulher na minha frente. Ele jogou meu filho num rio”. Enquanto Pingo recita o que pode ser uma pilhéria de improviso ou uma confissão alcoolizada, Peréio o observa, quase co-diretor do documentário.

E pensar que o Eu odeio o Peréio não tá saindo por falta de financiamento. Não dá para entender como coisas como “A Paixão de Jacobina” consegue dinheiro e algo que tem tudo para ser uma obra-prima do cinema brasileiro não…

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