Queria que minha BIC fosse uma pena

E a letra se faz morta, disfarçando seu sorriso. Enternecer é desafio. Fico esperando o bote, a palavra nunca me ataca, porém sei que quando consegue pegar de surpresa atinge fundo. Não tenho essa facilidade de domá-la e seus significados sempre me escapam. Escrever se mostra um picadeiro com todas as vocais cantando meninas bonitas no centro e nos cantos as consoantes se fazendo de arrogantes fingindo que delas não querem nem um ai. E se eu for colocar uma mensagem, aí sim que a coisa toda se complica. Muitas vezes é melhor deixar o discurso sair livre, sem malabarismos, já que no ato de digitar os dedos já tem seus próprios tropeços.

Além do que as vírgulas são velhinhas que arrastam os textos em suas costas, e eu gosto demais delas para, simplesmente, colocar em tudo (Deus nos proteja dos clichês!) um ponto final.

Pois é, hoje tem às 19h30 na Livraria Cultura do Bourbon Shopping Country (Tulio de Rose, 80), em Porto Alegre, o lançamento do novo livro do Carpinejar, o Como no céu / Livro de Visitas . A sessão de autógrafos será antecedida por um debate com o crítico Flávio Loureiro Chaves e leitura de poemas pela atriz Mirna Spritzer. Para quem não conheçe a poesia dele só digo: esse sim sabe como fazer as palavras dançarem.

This entry was posted in Sem categoria. Bookmark the permalink.

Deixe um comentário