Pampa meu país

E eis que uma emissora de TV belga inventa de brincar de Orson Welles e divulga que a metade da população resolveu se separar do resto do país. Eles inventaram essa levando em conta o resultado das últimas eleições, dando a entender que havia ali sinais de uma possível quebra do país. Bem, como da Bélgica eu entendo tanto quanto o Cazaquistão, não posso dar nenhum pitaco, mas fico imaginando uma coisa…

E se a RBS inventasse de fazer algo assim? Ok, deixemos de lado o fato de que a RBS é bastante conservadora, de modo que uma brincadeira vindo dela é quase impossível, mas imagine a cena: abre o Jornal do Almoço e aparece o Lasier Martins falando que, em protesto ao aumento de 100% dos salários dos parlamentares e a todos os descalabros que estão acontecendo no governo federal, o Palácio Piratini foi ocupado pelo MTG junto com as Forças Armadas e eles declaravam a República do Pampa junto com Santa Catarina e Paraná. Nisso aparecem imagens de uma multidão pilchada em frente ao Piratini comemorando, com o Paixão Cortes saudando o povo, com o Rigotto do lado dizendo que vai continuar de qualquer maneira o governo de transição e que para ele tanto faz qual vai ser o governo, enfim, toda a baderna. E nos discursos, entre os motivos para a separação, será citada justamente a tradição histórica do gaúcho sempre votar no candidato de oposição, de forma que nada mais natural que a gente se separe de uma vez.

É, pena que a RBS não vai fazer uma dessas, já que ela é uma empresa responsável. Seria bonito ver o povo levando a sério e se perguntar “É mesmo… Brasília para quê?”. Eu, para manter a tradição de achar que uma ilha de burocracia ajuda a desenvolver regionalmente rincões remotos, desde já voto para a capital do país ser em Chapecó. Pelo menos o hino já temos pronto.

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