Retirado do Guerrilha de Bolinhas de Papel:

Dont Cry for me, Argentina

Parece piada: o único país que mantêm um alto nível de crescimento
econômico é a China, que rejeita todos os preceitos liberais do
FMI(Economia estatal, burocratizada, etc). A Argentina que nos últimos
dez anos seguiu TODOS esses mesmos preceitos está falida.
Como o ótimo Clóvis Rossi vêm dizendo há tempos, durante anos esse
“livrinho de regras” foi seguido a risca, em especial nesse cantinho do
continente. Quem ousasse falar mal era tachado de “neobobo”,
“fracassionista”, etc. Quem quiser conferir, é só ver a Veja lá por
volta de 1997, 98.

Hoje, o sistema dá óbvios sinais de fracasso. A Argentina é só um deles.
Eles estão chegando ao ponto de terem que fazer vales para pagar os
funcionários. O país está endividado até o pescoço, o parque industrial
está falido e eles não tem nenhuma estatal para fazer caixa. No Brasil,
a terceirização levou a Petrobrás a ser campeã em acidentes(Fato que
custou a vida de onze pessoas que nem tiveram direito a um enterro) e a
privatização levou o país a um caos no fornecimento de energia.

O erro foi que tudo era seguiram tudo sem pensarem, pegando tudo que
tava na cartilha. Duma forma bem anticartesiana. Deu no que deu. Não
pensaram de que a privatização da CSN e da Embraer poderia funcionar,
mas não dos serviços básicos. Ou de como em muitos setores a
terceirização era só uma forma de pagar caro por mão de obra
desqualificada.

E para quem está dando risada da Argentina, um lembrete: o Brasil é o
próximo da fila. Senão nosso risco-país nào seria tão alto…

e não é por nada não é por nada, está lá na página do Cláudio Humberto
hoje:

Dois perdidos

Desgraça pouca é bobagem. O argentino Martín Redrado, da Fundação
Capital, disse ao jornal “Estratégia”, do Chile, que o Brasil não
resistiria a uma megacrise argentina. O BC não sabe se pode financiar o
balanço de pagamentos em 2002, e se a Argentina for para o brejo, iremos
também. O Brasil vem se “argentinizando” desde 11 de setembro, alerta.

E agora José? O que é pior? Argentina ou China? Será que não há um
caminho meio-termo, onde não haja as restrições civis que há na China,
ao mesmo tempo em que a economia não é extremamente liberada como na
Argentina?

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