Ô Feriado!

Definitivamente fim de semana tinha que ser de três dias… É gozado ver como aconteceu um monte de coisa nesse fim de semana ao mesmo tempo que não aconteceu nada. Por exemplo: hoje fui dormir as 7 da manhã (depois de passar quase a noite toda comemorando o aniversário da Eliana, uma amiga aqui de SL) para de tarde ficar passando umas gravações que eu fiz em fita pro computador. Ou seja: não sai de casa, mas fiz bastante coisa. E sexta também fiquei dormindo o dia inteiro, depois de ter feito festa na quinta (shows da Restaurante do Fim do Universo, Super Mozart e The Next – muito ruido, e bateria eletrônica até não poder mais) e ter ficado aqui em casa ouvindo música com os amigos até as 9 da manhã. Mas enfim, fiz festa, me diverti e tô descansado. Gostaria que fosse sempre assim…

Uma música que…

Essa eu ví lá no blog da Manu e achei muito legal:

Uma música que

  • Me faz dançar: Idioteque (Radiohead)
  • Me faz feliz: Obstacle 1 (Interpol)
  • Me faz lembrar de um amigo(a): If you leave (OMD)
  • Me entristece: Reel around the fountain (The Smiths)
  • Me alegra: 1979 (Smashing Pumpkins)
  • Me faz querer fazer amor: Libertango (Grace Jones)
  • Diz muito sobre mim: Agnus Sei (João Bosco e Aldir Blanc)
  • Me faz lembrar alguém significante: Tolices (Ira!)
  • Escreveria: Air (Talking Heads)
  • Não gostaria de ouvir de novo: Boquete (Vitor Meireles e Funk da Lata)
  • Tocaria no meu casamento: Aikea Guinea (Cocteau Twins)
  • Tocaria no meu funeral: Song to the Sirem (This Mortal Coil)
  • Faz meus amigos lembrarem de mim: qualquer uma da Björk
  • Gostava, mas agora nem tanto: todas do The Cramberries
  • Não admito que eu gosto: Im too sexy (Right Say Fred)
  • Faria tudo para ouvi-la num show: Leyla French Kiss (Lorenzo y La Nota Falsa)
  • Me faz lembrar minha infância: Urubu tá com raiva do boi (Baiano e os Novos Caetanos)
  • Parece com a minha adolescência: Quadrinhos (Picassos Falsos)
  • Muitas pessoas gostam, mas eu não: Oasis
  • Gosto da letra: O Reagge (Legião Urbana)
  • É melhor quando tocada no carro: uma que tenha longo solos de guitarra
  • Gostaria de acordar com: Play Dead (Björk)
  • Gosto, e meus pais também: O bêbado e o equilibrista (Elis Regina)
  • Foi tema de um dos meus filmes favoritos: Everibody Knows (Leonard Coehn), do Filme Exotica
  • Me faz pensar no sol: Malibu (Hole)
  • Me faz pensar na noite: Cuts You Up (Peter Murphy)
  • Me faz querer estar sozinho: Hallelujah (Rufus Wainwright)
  • Me faz sorrir: Saudade (Love and Rockets)
  • Gosto de ouvir em bares: Numb (U2)
  • Não é do meu \”tipo\” mas eu gosto: I will survive
  • Me faz lembrar alguém que eu quero, mas não posso: atualmente nenhuma
  • Posso cantar bem: Nenhuma
  • Gosto, mas é só instrumental: qualquer uma da Space Rave
  • Não foi lançada recentemente, mas adoro: Bring on the Dancing Horses (Echo and The Bunnymen)
  • Queria ter a voz de: Leonard Coen
  • Queria ter o talento de: Nick Cave
  • Queria ter a história de: Peter Gabriel

O gozado de fazer uma lista dessas é que nada é definitivo 🙂 Só ao passar a lista a limpo eu já fiquei pensando em mudar algumas coisas, mas deixa assim. Talvez daqui a um ano eu faça ela de novo e veja o que bate 😉

No future?

A prática de planejar o que fazer da vida, de imaginar o que se vai fazer, onde se vai estar nos próximos anos soa meio fútil depois de ler uma notícia dessas… Bem, enquanto o pior não acontece o jeito é ir levando a vida e praticar o humor negro. Se a gente levar as coisas muito a sério acaba fazendo como aqueles pais que matam os filhos, querendo evitar que eles sofram caso o pior aconteça.

PenCam rulez!

O Ripirraitec saiu da
depressão e para comemorar a nova fase na vida dele nos brinda com um belíssimo blog: Independência ou blog. E já que ele não tem links para post pego um trecho que vi lá:

(…) comprei uma pencam, essas camerazinhas pequenas (…). (Conforme saí fotografando gentes, paisagens, relógio, pés, varais, etc, fui associando-me ao personagem K ou ao J, do MIB). E claro estava que ela deixaria muito a desejar. Muitíssimo, em verdade. Sua resolução é baixíssima, o foco sofrível, o balanceamento de cores praticamente inexistente, a duração das pilhas uma piada. Uma agradável decepção! Mas estou feliz mesmo assim.

Sim, o cara conseguiu resumir perfeitamente o que eu senti quando comprei a minha: uma agradável decepção. O negócio é realmente muito ruim, cheio de defeitos, mas é apaixonante. A coisa é o legítimo brinquedo geek, sem qualquer possibilidade de uso profissional.

E é grande a tentação de comprar um óculos escuro e um terno preto e sair por aí brincando de MIB…

Abrindo o voto

Ainda estou procurando candidatos para votar. E hoje de noite encontrei o que vai levar o meu voto para deputado estadual: Elvino Bohn Gass – 13120

No fim das contas o que me fez decidir por ele? Nada mais nada menos que comprometimento com a causa do uso de software livre na administração pública. Acha pouco? Pois bem, pare e pense: estamos na era da informação. Praticamente estamos vendo o fim do emprego e entrando num período que nossa vida será cada vez mais comandada por máquinas. E se a gente não domina a tecnologia, ela nos domina, simples assim. E infelizmente no Estado não é levado em conta aspectos técnicos no que diz respeito a tecnologia, mas sim lobbys, e hoje em dia o lobby contra o software livre é fortíssimo.

10 discos que salvaram a minha vida

O Diego no Blog do Apanhador propôs o desafio: listar os 10 discos que \”salvaram a minha vida\”. Depois de muito pensar essa foi a lista que eu formulei, em ordem mais ou menos cronológica:

Legião Urbana – Legião Urbana: me mostrou o que era rock, numa época em que só havia Blitz e Kid Abelha tocando no rádio;

Talking Heads – Fear of Music: disco que comprei uns três, quatro meses depois de comprar o do Legião… foi o grande divisor de águas, o disco que realmente fez a minha cabeça, que me mostrou que a música ia além do \”ouvir no volume máximo\” e que mostrou que uma boa idéia pode ser mil vezes mais interessante que virtuosismos. foi ele que me abriu as portas para coisas como Joy Division, Bauhaus, Wolfgang Press, Durutti Column, Velvet Underground, Beatles, entre outras coisas;

Mutantes – Algo Mais: ótima coletânea que me fazia eu me perguntar como é que havia gente no Brasil que podia fazer aquilo em plena década de 60, e porque não tinha mais gente fazendo loucuras daquelas. A resposta fui achar depois em Defalla e Pato Fu;

João Bosco e Aldir Blanc – Nova história da MPB: outra coletânea, coletânea editada pela Abril, que me mostrou que samba é bom, muito bom, quando feito de forma séria;

Cocteau Twins – Treasure: vozes e guitarras se fundindo perfeitamente, me mostrando que havia muita beleza na tristeza e na melancolia, e que tal beleza podia muito bem ser desfrutada. foi o que me abriu portas para que eu pudesse depois desfrutar Portishead, Sigur Ros, Mum, etc;

Doly Carlos da Costa e seu sexteto típico – Recital de Tangos: tango, e milonga, e valsas. sim, você leu direito. e não, o tal do Doly não era argentino, mas sim um colega do meu pai, que trabalhava no Banco do Brasil e que um dia o meu pai comprou o disco para dar uma força. ele quase se arrependeu de ter comprado ele de tanto que eu ouvia. se hoje tenho CDs que nada tem a ver com rock e música pop esse disco tem grande parte da responsabilidade;

Jean-Michel Jarre – Zoolook: música eletrônica que eu ouvia na TV Guaíba. só anos mais tarde fui conseguir o disco, mas o estrago já estava feito. foi o disco que me preparou para ouvir coisas como Laurie Anderson e Kraftwerk;

Sugarcubes – Life\’s too good: rock estranho, diferente, com uma mulher de beleza estranha, uma deusa nórtica inesperada, no vocal. para mim era o suficiente para me apaixonar perdidamente;

Bomb the Bass – Into the Dragon: dance music? não… colagens eletrônicas, mixagens malucas, tudo que eu precisava para ser feliz e não sabia. fico até hoje triste ao ver que o começo do acid foi o seu melhor momento e que depois a coisa ficaria numa mesmisse enorme, mesmisse que marcou boa parte dos anos 90;

aliás os anos 90 teriam passado por mim sem maiores marcas, já que o grunge para mim não queria dizer muita coisa, o brit-pop era insipiente, a mistura de rock com rap soava interessante mas nada além disso e músicas calmas e lentas cairam na vala comum da new age music. teriam, se não tivesse aparecido o décimo disco da lista:

Radiohead – Ok Computer

precisa explicar este?

Quero ver Cidade de Deus

Hoje de noite fui ver A Paixão de Jacobina. Já tinham me avisado que o filme era fraco, mas mesmo assim resolvi conferir e conferindo vi uma coisa que já haviam me comentado mas que eu pensei que acontecia no documentário que passava antes dele, mas não durante o mesmo. É o seguinte: uma personagem entra numa loja e compra um calçado. Até aí nada demais, se o calçado não fosse da marca Azaléia e a história não se passasse lá por volta de 1870. E o que tem isso? Bem, tá lá no site da empresa:

A história da Calçados Azaléia começa em 02 de dezembro de 1958, com dez pares de sapatos produzidos ao final do primeiro dia de trabalho.

Certo? Tá lá: 1958. Não, não é 1858, mas sim 1958. Agora alguém pode me fazer a delicadeza de explicar como é que um dos personagens do filme pode fazer essa compra? Vale lembrar que não adianta dizer que era outro calçado, com o mesmo nome da flor, já que o nome correto é Azalea. Ou seja: merchandising puro. Fosse um Guaraná Antarctica eu ainda aceitava, já que esse existe desde 1836, mas um produto que foi só aparecer quase um século depois? Por favor!

E só para não dizer que a experiência de ver o filme foi de todo ruim, lembro que o documentário apresentado antes do mesmo estava legal. Foi mais emocionante ver as duas descendentes da Jacobina Maurer subindo o Rio dos Sinos do que ver toda a saga da desgraça dela.

Existe!

Senhores, é com orgulho que anuncio que sou cunhado de uma pessoa entrevistada pelo Vox Populi! Sim, finalmente conheci uma pessoa que foi entrevistada por uma dessas empresas que fazem pesquisa. E melhor ainda: é da minha família!!!

Aliás, sobre o balaião…

É interessante ver que é no país todo, e com preços diferentes. Em São Paulo cada CD custava 3,90, e em Recife teve gente que conseguiu comprar Fatboy Slim, Clash e Beck. Esses eu não tive a sorte de encontrar. E tinha Jamiroquai também, mas deixei de lado…