I might be wrong

Ops, essa eu não sabia: já estão disponíveis no Hollywood & Vine todas as músicas do novo disco do RadioHead, Amnesiac.

E o seu ambiente de trabalho anda muito estressante? Que tal decorá-lo com essas placas? Perfeito para ter certeza se aquele teu colega mal-humorado é obtuso também.

E o Denis do Concatenum pode chiar, mas eu copiei a lista do controle remoto dele sim 😉 Só que organizei conforme o meu gosto. O chato é que esteticamente falando tá feio, mas quero ver se nos próximos dias dou um jeito nisso…

Mas hoje na lista Palíndromo o André Forastieri veio com a pergunta: Qual é o papel que o Brasil pode ocupar na nova ordem internacional de geração de riqueza? Eis a minha resposta (re-editada, pois na original havia um erro básico bastante sério):

Olha, qual é o papel que o Brasil pode ocupar eu não sei, mas o que ocupa já dá para dizer. Uma das matérias-primas básicas para a indústria aero-espacial, sendo utilizada na construção de cápsulas espaciais, mísseis e foguetes, além de ser utilizado na construção de reatores nucleares, é o nióbio (elemento atômico 41 – sigla: Nb). Ele é dos elementos básicos para a criação de ligas de grande rigidez, dureza e estabilidade térmica. É um elemento bastante raro, que não é encontrado em estado livre. Ele aparece combinado na forma de niobita (niobato de ferro e manganês). Na crosta terrestre participa com 0,002% em peso.

Até a descoberta quase simultânea de depósitos de pirocloro no Canadá (Oka) e no Brasil (Araxá), na década de 1950, o uso do nióbio era limitado pela oferta limitada (era um sub-produto do tântalo) e custo elevado. Com a produção primária de nióbio , o metal tornou-se abundante e ganhou importância no desenvolvimento de materiais de engenharia. Os principais depósitos de nióbio encontram-se no Brasil, Nigéria, Canadá e EUA. O maior produtor é o Brasil, que responde por 98% da produção mundial do minéro.

Assim, o Brasil, através da oferta proporcionada pelas empresas CBMM (de propriedade do Grupo Moreira Salles (55%) e a Molycorp Inc., uma subsidiária da Unocal Corporation – USA) e a Mineração Catalão de Goiás S.A., responde pela quase totalidade da oferta mundial de nióbio – basicamente ferro-nióbio, atendendo a demanda proporcionada dos EUA, Japão, Europa Ocidental e outros países com menor participação, compondo um mercado com forte dependência aos produtores brasileiros. Só a CBMM é responsável por 65% da demanda mundial de ferro-nióbio. De sua produção total, aproximadamente 5% atende toda a demanda brasileira e 95% é exportada para 250 usinas siderúrgicas em 42 países do mundo. O valor das exportações do ferro-nióbio da CBMM é da ordem de 100 milhões de dólares anuais. Assim sendo, só a CBMM responde, sozinha, por 63% da produção de uma matéria-prima de extrema importância para a criação de artigos tecnológicos.

Entende-se o pavor que um Itamar Franco ou um Lula provocam quando dizem (ou insinuam) que vão declarar a moratória. Afinal, é o pagamento da dívida externa o principal motivo pela qual esse e outros minérios igualmente importantes, como a tantalita, são exportados. O Brasil tem papel central no atual mundo que vivemos.

Agora, um pouco de teoria da conspiração: a maior reserva mundial de nióbio se encontra em São Gabriel da Cachoeira, AM. A cidade tem uma área total de numa área de 112.255 km². Há, alí, várias reservas indígenas, se destacando a Yanomami, que dos seus 1.573.100,00 ha (157.310 km²) pertence ao município. Dá para dizer que não é a tôa que os americanos trabalham tanto no lobby de uma nação indígena fechada… O que será que o Sting diria sobre isso? 😉

Aliás, segundo a página 10 coisas que todo brasileiro deveria saber, o Brasil exporta minério de ferro a 8 (oito) dólares a tonelada. E depois é só estatal que a gente tá dando a troco de banana pros gringos…

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