Segunda vida

Acabo de entrar no Second Life para dar uma olhada. Sinceramente é muito grande a chance de eu nunca mais entrar naquilo. Ê troço mais CHATO!!! Ainda vou entender o que faz com que coisas como essas se tornem um sucesso…


Update: ah sim, esqueci de dizer… Se alguém se interessar de me procurar lá dentro meu nome é Est Toll. Sim, é um trocadilho infame com estou… Sim, eu sou esse gordinho bonitão de camiseta preta aí.

Pampa meu país

E eis que uma emissora de TV belga inventa de brincar de Orson Welles e divulga que a metade da população resolveu se separar do resto do país. Eles inventaram essa levando em conta o resultado das últimas eleições, dando a entender que havia ali sinais de uma possível quebra do país. Bem, como da Bélgica eu entendo tanto quanto o Cazaquistão, não posso dar nenhum pitaco, mas fico imaginando uma coisa…

E se a RBS inventasse de fazer algo assim? Ok, deixemos de lado o fato de que a RBS é bastante conservadora, de modo que uma brincadeira vindo dela é quase impossível, mas imagine a cena: abre o Jornal do Almoço e aparece o Lasier Martins falando que, em protesto ao aumento de 100% dos salários dos parlamentares e a todos os descalabros que estão acontecendo no governo federal, o Palácio Piratini foi ocupado pelo MTG junto com as Forças Armadas e eles declaravam a República do Pampa junto com Santa Catarina e Paraná. Nisso aparecem imagens de uma multidão pilchada em frente ao Piratini comemorando, com o Paixão Cortes saudando o povo, com o Rigotto do lado dizendo que vai continuar de qualquer maneira o governo de transição e que para ele tanto faz qual vai ser o governo, enfim, toda a baderna. E nos discursos, entre os motivos para a separação, será citada justamente a tradição histórica do gaúcho sempre votar no candidato de oposição, de forma que nada mais natural que a gente se separe de uma vez.

É, pena que a RBS não vai fazer uma dessas, já que ela é uma empresa responsável. Seria bonito ver o povo levando a sério e se perguntar “É mesmo… Brasília para quê?”. Eu, para manter a tradição de achar que uma ilha de burocracia ajuda a desenvolver regionalmente rincões remotos, desde já voto para a capital do país ser em Chapecó. Pelo menos o hino já temos pronto.

Não dá para entender

Estou ouvindo um podcast de música brasileira e lá pelas tantas ouvi uma versão de Cotidiano, do Chico Buarque, cantada pelo Seu Jorge. Sabe, eu queria entender o que diabo está havendo com a música brasileira, para que um cara cretino desses receba tanto destaque. Já não bastasse o cara ter matado o Bowie na trilha sonora do filme “A vida submarina de Steven Zissou” ele ainda vai lá, bota uma bateria eletrônica idiota na música e fica fazendo aquela “interpretação diferente” para parecer moderninho. Ah vá!

Inveja

Diego Fernandes, caro amigo fundador do Gordurama, ainda está em Londres. E agora a pouco no MSN ele me diz simplesmente o seguinte: que ele estava andando na rua, reparou numa baixinha que estava com uma roupa estranha na frente dele e quando ela virou na esquina ele viu o perfil dela.

Era a Björk.

Ainda bem que eu não estava lá. EU ia ser fiasquento a ponto de correr atrás e pedir um autógrafo…

Minha jangada vai sair pro mar…


Domingo de tarde eu e a Taila resolvemos fazer um programa diferente. A idéia inicial era ir no OK Center tomar um banho de piscina, mas no fim das contas resolvemos ir dar um passeio no Cisne Branco às 16h30. Detalhe: quando decidimos isso já eram umas 15hs. Assim sendo lá fomos nós, apressando o passo até o Trensurb, torcendo para chegar a tempo em Porto Alegre. Não conseguimos, mas, porém, felizmente, como aqui no Brasil somos pontuais, o Cisne Branco saiu elegantemente 10 minutos atrasado, de forma que podemos fazer nosso passeio. 🙂

Bem, para quem não conhece, o Cisne Branco é um barco já tradicional em Porto Alegre, que faz passeios pelo Rio Guaiba. Durante um hora de navegação passeamos pelas ilhas da Casa da Pólvora, do Chico Inglês, do Castelhano e pela famosa Ilha das Flores. Aliás vale lembrar que a ilha onde foi gravado o filme era na verdade a Ilha dos Marinheiros, assim como a Dona Anete é a Cica Reckziegel, o Sr. Suzuki na verdade é interpretado por duas pessoas, e por aí vai. Brincando brincando Ilha das Flores deve ser o documentário mas fake da história… Bem, voltando ao passeio ainda tivemos uma bela visão da Travessia Getúlio Vargas, que é uma das pontes que ligam Porto Alegre a Guaiba, ali junto de Eldorado do Sul. E completando do rio avistamos a Usina do Gasômetro e o porto de Porto Alegre por um ângulo que realmente não estamos acostumados. Um passeio realmente bonito, e que nos faz pensar quanto é que era o aluguel daquela casa lá na beira do rio. Deve ser bastante agradável morar ali durante o verão.

E o toque inusitado ficou por conta da festa que havia no porto, com música eletrônica e drag-queens. Fomos conferir e era uma edição do MixBazaar. Aliás, o Mix virou uma feira muito sem graça. Lembro quando fui uma vez e comprei por apenas 21 reais 7 CDs do Nick Cave. Hoje em dia não se vê mais barbadas como essa por ali…

Update: coloquei mais algumas fotos do passeio lá no Flickr.

Encontros

Pois é, fui sábado no BarCamp. Confesso que quando cheguei no evento e vi todo mundo reunido em uma roda se apresentando pensei “Putz, me ferrei!”, esperando que o evento fosse algo meio piegas, meio hippie, mas não, me enganei totalmente. Simplesmente se conhecendo as pessoas se pôde montar a grade de temas a serem apresentados, a partir do que o grupo achou que seria interessante discutir. E mesmo esperando ver mais gente o evento foi muito legal, rendendo um divertido almoço no Mercado Público de Porto Alegre, fazendo com que eu quase* lamentasse ter que voltar mais cedo para casa.

E que venham mais BarCamps no estado! 😀

* O quase ali é em função de ter uma certa senhorita Taila me esperando, e isso compensa qualquer coisa… 🙂

Link obrigatório

Tomei conhecimento na lista do Instituto Asilomar para a Arquitetura de Informação da página Acessibilidade web: Tudo tem sua Primeira Vez. É uma página criada pelo Marco Antonio de Queiroz, um webdesigner cego. Sim, isso mesmo: cego. Para vocês verem que design não quer dizer desenho, mas sim projeto. E o MAQ dá várias e várias dicas ótimas de como fazer páginas acessíveis para pessoas que sofrem alguma deficiência física, não só se limitando às com deficiência visual.

Só para terem uma palhinha de como o assunto é sério nada melhor do que deixar o próprio MAQ falar:

Eu já era um entusiasta da Internet quando, em 1995, comecei a trocar e-mails com colegas com deficiência visual de todo o Brasil. Era uma loucura saber que estava escrevendo e obtendo respostas de cegos contando suas vivências de tão longe. No entanto, meu maior deslumbramento foi quando, em 1999, entrei no site de um conhecido jornal carioca e, com absoluta autonomia, sem precisar que alguém o fizesse para mim, li uma notícia! A princípio, dei um sorriso satisfeito e meio bobo mas, logo depois, a emoção me tomou totalmente. Minha liberdade!

Após isso, por ser dia de aniversário de uma pessoa amiga, comprei um livro e o enviei de presente sem sair de minha cadeira em frente ao micro. A amiga recebeu o presente em casa e telefonou, agradecendo a lembrança e dizendo que eu não precisava me preocupar e ter tanto trabalho em deslocar alguém para fazer o que fiz. Disse-lhe que eu tinha feito tudo sozinho e ela começou a chorar. Para não estragar a emoção dela com “todo o trabalho que tive”, calei-me sem contar que não necessitei me deslocar com minha bengala até a livraria e muito menos tinha ido ao correio. Mas, lá do fundo, minha emoção veio brotando novamente, ao ter a sensação de que eu estava, graças à internet, me tornando um sujeito mais comum.

Aliás, não fique só nesse texto. Dê uma olhada em todo o site Bengala Legal. Há muito material interessante ali que é de leitura obrigatória para qualquer um que deseje trabalhar com media web.

Utilidade pública

Quando ví no Bloglines o título do mais recente aviso do CAIS – Centro de Atendimento a Incidentes de Segurança, da RNP, eu pensei que havia algum erro. Ou afinal de contas a RNP agora está ganhando uns trocos com sugestões para o Submarino? Mas não, não era nada disso, ainda bem!

Alerta CAIS: Dicas para suas compras on-line de fim de ano

É uma página curta porém bastante educativa acerca dos cuidados que devem ser tomados antes de se fazer uma compra online. É um link obrigatório para se mandar para aquele amigo teu que foi infectado por um “vírus do Orkut”.

Justiça é cega… e burra

Uma pessoa com a “ficha limpa” já tem dificuldades para encontrar emprego. Agora imagine uma pessoa que está preso em regime semi-aberto, como vai fazer para conseguir um trabalho que possa sustentar seus filhos? Bem, poderíamos começar argumentando que ser a pessoa que está em regime semi-aberto o está porque cometeu um crime, porque desrespeitou uma lei. Ok, podemos começar por aí, e de fato foi o que aconteceu. Temos uma assaltante, temos uma vítima, e temos a justiça aplicando uma punição. A assaltante argumenta que roubou para alimentar seus filhos, e a vítima, o dono do mercado assaltado, tem todo o direito de pedir justiça.

Contudo, será que houve mesmo justiça? Qual é a justificativa para condenar a 4 anos de prisão uma pessoa que roubou um pote de manteiga?

Espero que a OAB consiga rever esse caso aí. É um absurdo total. Não advogo que não tenha alguma pena, mas o caso é que se é para ir para a prisão um dia já é muito.

E enquanto isso, a sonegadora dona da Daslu dá calote de 18 meses de aluguel. Ah, o que, ela não roubou? Ok, ok…

Gênio

Não, não é o Big Mac, nem o Cheddar McMelt. Tampouco as batatas-fritas sempre perfeitas. Não, não é nada disso. O que há de melhor do McDonalds na verdade são as lâminas de bandeja, aquelas toalhinhas ilustradas de papel, que fazem a gente ficar horas e horas viajando pelas figuras.


Pois bem, quem cria essas pequenas maravilhas (por exemplo, o do mapa das constelações do céu brasileiro que ilustra esse post é simplesmente fantástico) é o ilustrador Hiro Kawahara. É ele o culpado por aquele tempo a mais que faz com que você fique no McDonalds e que acabam se transformando numa vontade de comer uns cookies de sobremesa. Pois é, é ele, e ele faz todo o trabalho sozinho. É dele a criação, a pesquisa, os textos, tudo.

E porque tudo esse blá-blá-blá? Bem, é que só hoje eu fiquei sabendo que o cara tem um blog: We don’t need another Hiro. Muito, mas muito legal.

Obrigado ao Let’s Blogar pela dica. 😉