Cerveja faz bem?

Não quero dizer nada, mas tem algo errado nas propagandas de cerveja que estão veinculando no país…

Primeiro, aqui no Sul, dois gaúchos, por causa da cerveja, dispensam duas paulistas que são uma gracinha porque em São Paulo, entre outras coisas, não tem Polar:

Segundo, na propaganda da Kayser, o baixinho troca a bela Karina Bacchi pela recauchutada Adriane Galisteu.

Afinal, o que essas propagandas querem dizer? Que quem bebe cerveja perde a noção no quesito mulheres?

Se é assim vou continuar bebendo destilados. 🙂

O coração da coisa

Uma coisa que me chama a atenção quando criticam o OLPC é como o pessoal fala em hardware subdimensionado, em sistema capado, em “roda Linux, devia rodar Windows!”. Um exemplo é esse artigo do Carlos Rocha para o G1, onde ele coloca entre outras coisas que as crianças receberão “um notebook funcionalmente limitado”. Ok, agora a pergunta: o que ele quer dizer com “funcionalmente limitado”? Vamos partir do princípio que essa máquina é para séries iniciais, logo o computador tem que ser voltado para esse público. Por exemplo, quem já passou pela experiência de dar aula de informática para crianças sabe que um editor de texto como o Word mais atrapalha do que ajuda (às vezes é melhor ensinar o básico no Write do que entrar naquele canhão para matar passarinho que é o Office). E a máquina é pensada para o ensino infantil, sim. O quê? A interface poderia ser mais cheia de coisinhas bonitinhas para encher os olhos da criança? Ora, até poderia, mas será que do ponto de vista pedagógico isso seria o melhor? Será que não ia distrair o aluno do que é realmente importante?

Outra questão do OLPC diz respeito ao sistema operacional. Os criadores do Cowboy criticam a opção Linux dizendo “o mundo é Windows”. Não vou dizer que eles não estão certos, que de fato, quando uma pessoa vai procurar emprego, vão perguntar “Você sabe Windows?”, mas o caso é que nem mesmo no Cowboy as crianças vão aprender a trabalhar com o Windows, já que o Windows CE é, quando muito, um Windows Lite. O foco na verdade é definir o que é “ensinar informática”: é ensinar a mexer com um programa ou aprender a usar os recursos informáticos como ferramentas? Eu acredito que é a segunda opção, e quem procurar olhar a base do projeto educacional do OLPC, que é construtivista, verá que a mesma não está centrada nem no Linux nem no Sugar (ou seja, não é focada no ambiente operacional), mas sim no Squeak Etoys.

Oras, o que é o Squeak Etoys? O Squeak é uma implementação do Smalltalk sendo utilizada como uma ferramenta de autoria de mídia, um ambiente modelador, onde todos os objetos criados têm comportamento programável diretamente dentro desta mesma interface. O Etoys é uma extensão do Squeak que inclui gráficos 2D e 3D, imagens, textos, apresentações, web-pages, videos, som e MIDI e por aí vai. O Etoys tem a habilidade de compartilhar áreas de trabalho com outros usuários Etoy em tempo real. E é totalmente programável. Como se pode ver é um recurso bastante poderoso para educação, não ficando limitado na equação “navegar na web + editar texto + desenhar figurinhas” que tem aparecido em muitos artigos que criticam a proposta metendo pau no equipamento. Aliás, outra coisa: o Squek Etoys é multiplataforma, rodando tanto no Linux como no Windows, seja ele o XP seja ele o Windows CE. Ou seja: ele roda inclusive no tal do Cowboy…

Então, vamos combinar o seguinte: quando se for escrever um artigo sobre o OLPC que tal levar em conta os aspectos pedagógicos por trás (ou seja, que softwares serão utilizados, e como serão), a visão de que a máquina é um computador para ser usado por crianças não por adultos (logo com necessidades de programas bem diferentes) e que o projeto por trás é multiplataforma, que o sistema operacional é mais um caminho de acesso para o sistema principal do que o ator principal de toda a história? Isso pouparia a gente de perder tempo vendo ataques que parecem mais motivados por interesses econômicos que educacionais…

Rei do funk

O Povo Online: Roberto Carlos canta funk e põe três mil fãs para dançar

Roberto Carlos se rendeu ao funk. Quem acha difícil imaginar o cantor repetindo animadamente o refrão “ela dança, eu danço” deve conferir o especial para a TV Globo gravado anteontem na casa de shows Claro Hall, no Rio e que vai ao ar no dia 16. O funkeiro MC Leozinho, em dueto com Roberto, fez a platéia de 3 mil pessoas se sacudir ao som de Ela só Pensa em Beijar. Foi um dos muitos momentos de festa na noite em que o rei recebeu também Marisa Monte, Jorge Benjor, Erasmo Carlos e Wanderléia.

(…)

Alegre, bem-humorado e leve, Roberto iniciou o show com clássicos como Emoções e Como é Grande o Meu Amor por Você. Mas foram os duetos que marcaram o espetáculo. Os encontros começaram com Erasmo Carlos e Wanderléia. Os três, no palco, acompanharam junto com o público imagens no telão dos tempos da Jovem Guarda.

Mas o momento funk foi a apoteose de animação do especial de fim de ano.

Pois é, taí a prova de que qualquer perna de pau dança funk…

Não existem limites

Quando você pensa que já viu tudo em termos de nerdice eis que acaba encontrando mais uma pérola… Cá estava eu, despreocupadamente procurando um gif com o logo da MTV quando acho no Google Imagens isso:


Mas que diabos é isso??? Oras, é o Elvis Tropper!!! Como é que você não conhece o Elvis Tropper? O cara vive cercado de mulheres, tem uma carranga maneira, enfim é o máximo!

Por Deus…

I want my MTV

Terra: MTV tira videoclipes da programação em 2007

A MTV Brasil tomou atitudes que podem surpreender alguns fãs da marca. Por decisão da cúpula da empresa, em 2007 o canal jovem não exibirá mais videoclipes.

De acordo com Zico Góes, diretor de programação, os videoclipes “não colaboram para o avanço televisivo e apostar neste formato é receita para a queda de audiência”.

Na apresentação da nova programação, realizada na tarde desta terça-feira em São Paulo, uma das medidas mais extremistas mostradas foi cancelar programas como o Disk MTV e o Chapa Coco, que fizeram um relativo sucesso em 2005 e 2006. “Hoje o vídeo está ligado ao mundo digital”, explica Góes. “O espaço está morrendo, o jovem não busca a televisão para assistir videoclipes”.

Um dos grandes méritos da MTV, pelo menos no Brasil, foi de que ele fez as rádios abrirem mais espaço para o rock. O Nirvana é um exemplo perfeito do poder da emissora, ou alguém acha que alguma rádio brasileira ia ficar tocando Smell Like Teen Spirit se não fosse o vídeo do Al Yankovic? Ok, confesso que forcei com essa do Al, mas enfim o caso é que a MTV arrejou os ares do dial, que estavam terríveis nos anos 90.

E agora o que temos? Temos YouTube, Google Video, Metacafe, MySpace, temos vários canais para distribuir informação, certo? Hmmmm…. é, dá para dizer que sim, só que temos dois problemas aí: um, não dá mais para medir audiência. O YouTube pode ter os seus “vídeos mais assistidos”, mas não escuto Ok Go tocando adoidado por aí, mesmo com os 2 milhões de visualizações que o seu clipe possa ter. Simplesmente as rádios ignoram o que é mais escutado, não se adaptando à audiência. A MTV podia ter seus defeitos mas foi com a pressão dos fãs que bandas como Pato Fu, por exemplo, ganhavam espaço ali (era incrível ver neguinho ficando horas no telefone discando sem parar para a emissora só para ver a banda no Top 20 – não, não foi o meu caso, por mais que eu gostasse da banda), o que se refletia na programação das rádios.

O segundo problema é que não é todo mundo que tem acesso aos vídeos de música. Mesmo com banda larga na minha casa eu já apanhava, já que a Brasil Telecom oferecia um serviço que além de caro era podre (o plano era de 300 kbps, mas se eu pegasse uma conexão que transmitisse a 200 kbps eu já estrava no lucro), imagina agora se há condições de eu assistir um vídeo que seja usando conexão dial-up. Só em sonho… E assim como eu estou “midiacamente ilhado” há uma quantidade enorme de pessoas que estão nas mesma condições. Ok, certo, se a gente for parar para pensar isso não é de todo ruim, pois tem gente que nem comida para por na barriga tem, vamos ficar reclamando de acesso?

Mas enfim, com essa mudança na programação da MTV as rádios perdem uma referência do que a galera anda ouvindo. Por mais defeitos que a MTV tivesse ela tinha a vantagem de ser um ponto de referência dentro da cultura pop do país. Foi graças a ela que, por exemplo, Pitty se revelou, assim como Detonautas e Charlie Brow Júnior e…

PERAÍ???? DO QUE EU TÊ RECLAMANDO?

Já vai tarde programação musical da MTV! XÊ!

O Leste Europeu é aqui

Eis uma prova de como estou afastado da tal “cena gaúcha” do rock…

A Damn Laser Vampires existe desde 2005, já gravou um disco que foi lançado na metade do ano e só hoje, graças à página sobre a trilha sonora do filme “Ainda Orangotangos”, é que fui ouvir falar nessa banda. Eles participam da trilha com um cover de uma música dos Cascavelettes e com a música Graveyard Polka, que soa como uma música do Gogol Bordello cantada pelo Nick Cave e que é… Simplesmente maravilhosa! Fui no MySpace conferir e achei outras pérolas, mostrando que misturar punk e psychobilly com polka é possível sim.

Então o lance é ir atrás do CD e ver se consigo ver algum show da banda logo. Deve ser no mínimo divertido. 😀

Go Cowboy!

Acabo de ver no blog do professor Silvio Meira um post sobre o Cowboy, computador portátil desenvolvido pelo Laboratório de Tecnologia de Informação Aplicada da UNESP. Basicamente ele é um computador nos mesmos moldes do OLPC, com um processador RISC de 400MHz, 128MB de memória RAM, display colorido de alta resolução de 7”, 1GB de memória de armazenamento, conexão wireless e por cabo e saída de vídeo para TV ou monitor de PC. Já foi feito um protópipo e o custo do dele ficou em torno de 250 dólares, o que quer dizer que, se for feito em escala, pode ficar muito mais barato. A diferença é que, em vez de rodar Linux, ele roda Windows CE.

Bem, e o que eu acho de um aparelho desses? Olha, mesmo com o Windows CE eu gostaria de comprar um. Afinal de contas, imagine um notebook que custa cerca de 500 reais… Olha, espero que alguma empresa adote essa idéia aí e leve ela adiante, botando no mercado, não restringindo esse equipamento à área educacional. Espero mesmo.

E quanto ao Linux? Bem, eu sinceramente gostaria que esse computador aí fosse vendido com a opção de compra de escolher o sistema, já que há muito mais aplicativos pro Linux do que pro Windows CE. Além disso aqui não funciona o argumento de que se botar Linux vai ajudar a promover a pirataria, pois ao contrário do Windows XP o Windows CE não é coisa de se achar em qualquer canto. Ou seja, é torcer para que quem inventar de comercializar o produto que pense com carinho numa opção “Escolha o sistema operacional desejado” no formulário de compra…

Morre spam desgraçado

A melhor coisa da integração do Orkut com o Google Talk não é a lista de conhecidos que tu tem para conversar (até porque você estava com boa parte deles já no MSN) mas sim o aviso que aparece no canto inferior direito da tua tela quando alguém coloca alguma coisa no seu scrapbook.

É perfeito para tirar aquelas drogas de spam antes que alguém tenha suas vistas contaminadas com a porcaria.

Aliás, depois daquele botão de “Excluir recados selecionados” bem que podiam botar um “Denunciar recados abusivos”. Era clicar ali e automaticamente a pessoa entrava no modo “Ignorar usuário” além de ser denunciada. Seria uma benção.

E já que estamos falando em sugestões pro Orkut (que duvido que alguém do Google leia isso aqui, mas de qualquer forma botei lá na página de contato): que tal scraps de eventos, de forma que amigo meu vai lá, avisa que dia tal vai ter um evento e no dia seguinte ao evento some o recado? Isso também seria muito bom para manter os scraps limpos. E se tais eventos forem integrados com o Google Calendar melhor ainda.

E outra sugestão que deixei ao visitar a página de contato nasceu do fato de constatar que tem neguinho pedindo para que cada um possa personalizar o layout de sua página. Pedi encarecidamente que se fizerem isso botarem uma opção de “Navegar mantendo o layout padrão”. Uma das piores coisas do MySpace é justamente o carnaval que é aquele site, onde você é obrigado a instalar o Greasemonkey e plugins especificos para desabilitar a coisa, senão você não consegue navegar por lá. Simplesmente irritante.

Bola dentro

Olha, uma coisa que eu não gosto nos radicais do software livre é que quando algo surge na Microsoft imediatamente esse algo é ruim. Não importa o que seja, é ruim, porque é Microsoft. E sendo Microsoft, ou M$, é ruim, porque é Micro$oft, e por aí vai…

Bem, de qualquer maneira, qualquer fã mais ardoroso vai ter que concordar: esse Windows Live Hotspot Locator é extremamente útil para quem tem qualquer dispositivo que usa wi-fi.

Ah, o quê? É para reclamar? Ok, ok, lá vai: o site é meio lentinho, não? 😀