Sábado eu e a Márcia assistimos na TV um filme muito maluco, Os Vingadores (The Avangers), com o Ralph Fiennes, a Uma Thurman e o Sean Connery. Pegamos o filme andando, perdendo o seu começo, mas mesmo assim deu para ficar viajando nele, olhando uma Inglaterra em tom de história em quadrinhos. O detalhe é que na primeira cena que veio aos meus olhos eu disse: “Já vi esse filme!”. Só que no andar da carroça eu percebi que não tinha visto coisa nenhuma. Daí que eu me toquei: eu não tinha visto ele, mas tinha a trilha sonora em casa. Para variar, comprado em m balaio da vida. O filme é muito legal, dá para dizer que é surrealista até, e a trilha sonora é melhor ainda. Produzido pelo Marius de Vries (que já trabalhou com a Bjork), conta com a participação de Grace Jones, Sinéad O‚Connor, entre outros. Pode-se inclusive dar um destaque para a Annie Lennox, que fez uma bela versão para Mama, do Sugarcubes. Aliás, nesses tempos de pré-guerra, meio que se destacam os seguintes versos da música:

You can‚t be safer can‚t be more secure

Than with a breast in each palm,
With a breast in each palm,
That‚s the way I was born
And that‚s the way I want to die.

Aliás, quantas pessoas no mundo, vendo essa confusão toda, não estão com vontade de voltar pro ventre seguro da mãe? O Bushinho tem cara de que está louco para fazer isso…

E ontem de noite fiz um levantamento de quais ferramentas de busca apontam para o Poanet de trocentos anos atrás:

Depois tem gente que se pergunta como é que teve empresas web falindo? Oras, simples: basta ter um serviço de péssima qualidade, como qualquer outra empresa do mundo real. Se a gente parar para pensar, o Cadê? tinha tudo para ser um megaportal nos mesmos moldes do Yahoo (que por sinal procura sempre manter sua base de dados atualizada). O que aconteceu? Está praticamente desaparecida dentro da StarMedia. O Zeek foi lançado com um auê desgraçado, com a proposta de concorrer como Cadê, entre outros. Também está perdida na StarMedia… E só para não dizerem que a culpa é da StarMedia, todos os outros serviços listados aí em cima são independentes.

Quando tirei a Poanet do ar coloquei uma página meio de brincadeira lá, com um link para o meu email. Pois bem, agora nem isso tem. Quem olhar verá uma página em branco. Por quê? Por causa dos emails idiotas que eu recebo de pessoas que param no site e não encontram o que queriam. E por que não encontram o que queriam? Porque a questão de três anos anos atrás, ou mais, alguém tinha o domínio poanet.com.br e foi em tudo que é lista de endereços possível e imaginável registrando o seu site. Passa o tempo, essa pessoa desistiu do endereço, parou de pagar e a Fapesp anulou o registro. Um amigo meu então comprou o link pensando em desenvolver um projeto de portal mas por n motivos acabou desistindo, me repassando o domínio. Assim sendo, faz no mínimo dois anos que a página não tem mais o que era anunciado nos mecanismos de busca, certo? Certo, mas o que acontece é que os mecanismos de busca continuam apontando para a página em questão, mostrando que o índice deles simplesmente não é atualizado. O Cadê? é um ótimo exemplo. Simplesmente aquele que se proclama “o maior catálogo de sites da Web brasileira” não atualiza a sua lista de links. Que adianta ser o maior catálogo se este é composto de links desatualizados? Pior é que você pode até mandar emails para essas ferramentas de busca dizendo que o link em questão foi modificado, mas quem disse que eles prestam atenção e atualizam seu índice? Ridículo isso! Mas mais ridículo ainda é ser obrigado a ler emails me xingando por que não encontrou o link desejado. E eu lá tenho culpa pela incompetência dos outros? Oras bolas!

Fui assistir Neto Perde Sua Alma, produção gaúcha que ganhou prêmio especial de júri, de público, de som e de montagem em Gramado. Merecia? Bem, o cinema que eu fui, aqui no shopping de São Leopoldo, não permitem que eu possa responder quanto ao som, já que o mesmo estava horrível. Quantos aos outros, bem… Na verdade, o filme sofre de 2 males:

  1. paisagismo de cartão-postal constante: parecia que o filme era financiado pela Secretaria de Turismo do Estado do Rio Grande do Sul. Várias e várias tomadas de paisagens, da vida no campo, das lides gaudérias, no melhor estilo “para inglês ver”
  2. o filme parte do princípio que quem está olhando sabe a história da Revolução Farropilha. Tanto que a única cena que aparece da guerra é a da Batalha do Seival, que pode ter sido emblemática, mas não explica como o conflito nos pampas durou 10 anos. Para quem não é do Rio Grande do Sul, o filme não é nem um pouco claro.

Mas tirando esses dois defeitos, o filme é bom ou não? Sinceridade: é mediano. Há cenas belíssimas e fortes (a do Neto narrando seu encontro com o Imperador é sensacional), mas no meio de um vai não vai que não tem sentido. Eu realmente lamento pelos alunos das escolas de ensino médio que essa semana (é a Semana Farroupilha, quando se comemora a revolução) serão obrigados pelos professores de história a ir no cinema e assisti-lo. Não é um filme para adolescentes, mas sim para adultos que primeiramente conhecem a história e segundo que entendem os vários símbolos que estão espalhados pelo filme (o mais óbvio é o do corpo do Neto na cama do hospital, como se fosse um Cristo agonizante).

Paul Wolfowitz, sub-secretário de Segurança dos EUA (retirada da Veja Online):

Não se trata apenas de capturar essa gente e fazer com que paguem. Mas de eliminar santuários, sistemas de apoio, acabar com Estados que patrocinam o terrorismo.

Bem, se eu me lembro bem, o Osama bin Laden foi treinado pela CIA e pelo MI3. Será que Estados Unidos e Israel podem ser considerados países que fornecem sistemas de apoio ao terrorismo?

CCC condemns attacks against communication systems:

Electronic communication infrastructures like the Internet are now necessary to contribute to international understanding. In a situation like this, which is understandably tense, it‚s simply not acceptable to cut lines of communication and provide a stronger foundation for ignorance.

E ao que tudo indica foram mesmo árabes que promoveram os atentados. Pena. Se fossem americanos o problema era interno, mas sendo árabes com certeza vem uma guerra feia pela frente…