O nome dessa música é Charles Pilger

Ontem de noite teve show em Novo Hamburgo e fomos de galera no carro do Mac dar uma conferida. Bem, confesso que levei um susto foi ver o tamanho do Putzel, o bar onde foi o show: quem olha aquela caixinha na esquina quando entra se espanta com o espaço interno. E um monte de gente conhecida ali, a ponto de se ficar com saudades do BR-3. Afinal o lugar não era o bicho, nem sempre tocava banda boa, mas o legal era justamente a galera que tinha lá. Hoje cruzo com o pessoal na rua e todo mundo se sente meio órfão, sem ter pra onde ir. Triste.

Mas quantos aos shows? Ok, seguinte: quem abriu a noite foi a Fresno. Tive ótimas impressões sobre a banda quando eles tocaram no Espaço Tear no verão e tinha gostado muito do show, e é uma pena que não posso dizer que tal impressão se repetiu ontem de noite. Dá para entender até, visto que o baixista não estava lá (teve que ir num casamento) e o vocalista e guitarrista da banda quase foi dessa prá melhor durante a passagem do som, quando levou um choque do microfone. Assim sendo, quem é que tem espírito para fazer um show que preste? E eu fico no aguardo prá ver eles de novo em melhores condições, que ontem tava brabo…

Findo a Fresno entra a Girlish. Não quero dizer nada, mas ontem foi o melhor show que eu já vi da banda. Uma coisa que sempre chama a atenção é como, numa banda que tem duas gurias que tocam bem e que são bonitas na frente, o baterista sempre rouba o show. Pois bem, ontem o Marcelo estava centralizando as atenções mais do que nunca com a sua batida jazzy. O homem mandou bem como nunca, estando simplesmente possuído. Grande show!

E então para terminar a noite veio a Not So Easy. Não sei, há alguma coisa que faz com que eu acabe não vendo os shows direito. Ou há uma amiga que não está passando muito bem, ou sou eu que não está numa noite legal, ou é um amigo que não vejo a muito tempo e que fico conversando, o fato é que são poucos os shows da NSE que eu vejo do começo ao fim. Se eu não gostasse do som vá lá, mas não é o caso. Bem, enfim, o fato é que ontem o que me atrapalhou foi o calor no Putzel. Ô barzinho quente! Se já estava quente durante os dois primeiros shows imagine então como ficou quando, por causa do horário, resolveram fechar as portas do bar para o som não sair. Ficou um forno aquilo lá. Assim, lá estava eu, lá no lado de fora, conversando com o Felipe (fiel escudeiro da banda) quando ele diz: \”Cara, tu ouviu?\” \”O quê?\” \”Eles disseram \’O nome dessa música é Charles Pilger\’!\” Como-é-que-é? Entrei correndo para ver que história era aquela e fiquei ouvindo a música (um das novas, em português) sem entender direito o que estava acontecendo. Quando a música acabou é que o Marcos me explicou que era uma brincadeira da banda, onde eles estavam dizendo \”O nome dessa música é\” e tascavam o nome de um amigo. Ah! Ufa! Ok! Por um momento pensei que a NSE ia começar a fazer que nem a Vianna Moog, que dá para as músicas nomes como \”Raquel e a Bíblia\”, \”Fleck\”, \”Von\”… 🙂

E assim terminou a noite… E o que a semana agora reserva? Bem, quarta-feira tem Deus e o Diabo e a Blanched em Porto Alegre e no sábado tem winston e Not So Easy em Esteio, show esse onde, se eu for, espero ver inteiro 😉

Os bons pagam pelos maus

WiredNews: Blogs são o novo alvo do spam

O problema do spam em blogs não é totalmente novo. Ano passado, um tipo especial de spammers, conhecido como \”referral marketers\” começou a inserir links para propaganda nos relatórios de tráfego dos weblogs. Mais ou menos na mesma época, os blogueiros começaram a observar o surgimento de mensagens ocasionais de spam entre os comentários postados em seus sites.

Até recentemente, no entanto, as mensagens de spam em meio aos comentários de blogs não passavam de um inconveniente ocasional. Mas quando o blogueiro Jay Allen viu spammers atingirem 120 posts seus em apenas quatro dias, ficou claro que o problema havia atingido o nível de urgência. \”Percebi que há um predador novo na floresta e, se não nos adaptarmos rapidamente, vamos virar o seu jantar\”, disse.

Pois é, aqui no meu blog já apareceram alguns spams com links para sites que vendem Viagra e essas coisas. O que estou pensando seriamente fazer é o seguinte: quando a pessoa comentar ela irá receber um email com um link. Se esse link não for acessado o comentário não sai. Sim, é um saco isso, mas alguém tem uma solução melhor?

Mozilla? Que Mozilla?

Tenho um colega da lista Poanet, o Ari Ricardo Ody, que recentemente adotou o Mozilla. Pois conversa vai conversa vem ele solta a seguinte pergunta: \”Mozilla é ou não derivado do Netscape afinal? A proposito, até onde sei o Netscape nos últimos estertores era código aberto também. Ou não?\”.

Bem é o seguinte: em 94 foi criado um browser chamado NCSA Mosaic, que era um projeto universitário do Marc Andreessen, e que carinhosamente tinha o apelido de Mozilla. Esse foi o primeiro browser gráfico, com suporte a imagens. Quando ele fundou a Netscape junto com o Jim Clark o nome do browser foi mudado para Netscape e Mozilla passou a ser o mascote do browser. Detalhe interessante: o nome interno Mozilla permaneceu, tanto que quando acessava um site o browser se identificava ao servidor como sendo Mozilla, não Netscape. Quando o Internet Explorer veio ao mundo ele era derivado do Spyglass Mosaic, que também usava o nome interno Mozilla [afinal ele era baseado no Mosaic original] e o browser passou a se identificar como Mozilla IE, coisa que acontece até hoje. Que bela bagunça, não?

Então, em janeiro de 1998, foi anunciado que o Netscape Communicator passaria a ser gratuito (até então era um shareware) e teria seu código-fonte aberto. Aí foi criado o projeto Mozilla, que tinha como objetivo abrir o código e organizá-lo, retirando o que fosse código licensiado. Quando o código foi aberto se viu uma grande de uma maçaroca ali, visto que, para enfrentar a Microsoft, novas rotinas eram simplesmente colocadas no código do browser sem maiores cuidados. O que fez então o grupo Mozilla? Ela resolveu reescrever TODO o código do zero. Tudo que foi criado para o Netscape Communicator seria repensado. Isso explica porque levou tanto tempo para o Netscape 6 vir ao mundo, tanto tempo que nem versão 5 teve… E o Netscape 6 é um browser derivado do Geeko, que é o renderizador de HTML do Mozilla. Sim, isso mesmo: o Netscape 6 não tem nada do código do Netscape 4. E o Mozilla, até o fechamento da divisão de browsers da AOL/Netscape (o Netscape.com continua sendo da AOL: ele agora é só um portal), era visto como uma plataforma de testes para o Netscape 6, 7 e posteriores. E aqui é que vai o X da questão: o Mozilla era aberto, o Netscape 6 em diante não. Porque isso? Porque o Netscape implementava tecnologias proprietárias, que não eram abertas. Ou seja: o Netscape em si NUNCA teve seu código aberto. O que era aberto era o Mozilla.

E hoje como tá essa história toda? Resumindo:
– O Netscape 7 existe mas dificilmente existirá um Netscape 8
– O Mozilla Group saiu da AOL e foi para a Mozilla Foundation, grupo que tem patrocínio da AOL, RedHat, IBM e outras empresas
– O browser Mozilla continua sendo uma plataforma de testes, mas agora para o browser Firebird

Bem, é isso 🙂

Contraste

Pois então! Eis que sexta-feira passada o Júnior da Viana Moog me entregou um CD para que eu entregasse para o Leonardo, com a recomendação: antes ouve e bota no blog a tua opinião. Pois então cá está ela 😉

Bem, o Cd é um split da MusicBox com 3 músicas da Soma e 3 músicas da danteinferno. A primeira é uma banda da Bahia, e entrando no site deles já se tem uma noção do som: afinal o que esperar de uma banda que nomeia o show deles de \”Louvado seja o indie\”? Pois é… O que temos é uma banda que ouviu The Bends até não poder mais e que não faz a mínima questão de esconder isso. Ruim? Bom? Sei lá… Não são ruins, o problema é que elas me soam extremamente datadas.

E quanto ao danteinferno? Bem, aí o bicho pega. Noise, power noise. Peso. Ruídos. Um clima de filme de terror dos anos 60. Vocais desencontrados com a música. Quer saber? Acessa o site dos caras e baixa os MP3s que tem lá. Não há como se arrepender. Muito, mas muito bom MESMO. Ouvi e já estou no aguardo para ver se eles tocam mesmo aqui em Porto Alegre em janeiro.

No seu devido lugar

Estado de São Paulo: Grande mídia procura apoio de webblogs

Os editores de grandes revistas e jornais online começam a utilizar os webblogs para fortalecer e diversificar seus noticiários. É o caso da Wired.com, bíblia da internet norte-americana, que anunciou recentemente uma parceria com Nick Dento, fundador dos blogs Gismodo e Gwaker. O primeiro é especializado em assuntos tecnológicos. O Gwaker é um termômetro do que acontece no universo das celebridades. Os dois são famosos nos Estados Unidos, sobretudo em sua costa leste – e é esse mercado que interessa à Wired.

O acordo é bom para a Wired que acrescerá à sua audiência 40 mil leitores diários do Gismodo e do Gwaker – um público culto e endinheirado de Manhattan. É excelente para Denton que receberá uma boa dose de injeção financeira. Até agora, ele faturava apenas US$ 2 mil, com inserções de publicidade que não pagavam um bom redator frelance.

Quando eu digo que tenho uma média de 450 visitantes por dia aqui no blog tem gente que se espanta. Ok, eu confesso que eu também me espanto pois é muita gente lendo o que um cara comum como eu escreve, mas agora vamos ser sinceros: o que são 450 diante de 40.000 ?

O bom de ver números como esses é colocar o ego no seu devido lugar 😉

Spam

O que você faz quando um deputado é spammer? Há meses venho recebendo os boletins do deputado Paulo Pimenta (PT-RS) na minha caixa-postal, e sempre peço para ser retirado da lista. Nunca sou tirado, com a secretária do deputado me dizendo que eu não estou na lista, que alguém deve estar me repassando o email. Olha, sinceramente há desculpas melhores…

Imperdível

\"\"
DEUS E O DIABO & BLANCHED

Shows para sentir
Música para sentir
Linguagens para sentir
Nada para se ver?


QUANDO: 29/10 – Quarta-feira – 21hs
ONDE: Basttidores – Independência, nº 1010 – POA
QUANTO: R$ 6,00

Discotecagem original: Panorama Musical: \”Mags & Martinelli\”: Música cinematográfica num filme de Munir Klamt, construído apenas com canções e depoimentos. Sons do mundo canibalizados por vozes e temáticas melancólicas.

Vídeo: Coletânea editada de clips e vídeos incidentais da banda Deus e o Diabo.

Literatura: Cidade encarna Lázaro. Vocalista e compositor da banda Viana Moog numa conferência poética.

Shows:

>>Deus e o Diabo< < Banda vanguardista de Porto Alegre, apresenta composições mesclando formatos artísticos ou performances pseudo-teatrais. Belas músicas, ora tristes, ora agressivas, numa proposta intimista, escondendo-se dos rótulos. Microfonias, postura blasé. As letras proustianas encabeçam perdas cotidianas, banais e irreparáveis. Parecem pertencer a uma classe musical ainda dispersa, vagando entre o pós-punk melancólico e o cabecismo Radiohead. Referências vagas, sensualidade tristestemente portisheadiana e sentimentalismo a lá Vinícius de Moraes. http://www.deuseodiabo.com deuseodiabo@deuseodiabo.com

>>Blanched< < Artistas de Porto Alegre e Vale dos Sinos compõem a banda. Som que vem dos nervos e vai para os nervos. Sonoridades suaves chocam-se com distorções quando menos se espera, assim como as decepções da vida. Passagens instrumentais inspiradoras e emocionais. Vocais vacilantes transmitem a angústia, a dor, a raiva. As letras falam de desilusão, frustração, reforçando a função catártica da arte, no ponto exatamente oposto ao comércio, ao comedimento e à cópia. Pós-rock, talvez. Mas quem se importa com rótulo? http://www.blanched.net blanched@blanched.net

Um pátio? Sim, um pátio?

Pois ontem de noite eu vi a cerimônia de doação de um pátio. Sim, um pátio. Um pátio que pertencia a uma casa e que foi desmontado e montado na Unisinos, para comemorar os 50 anos do curso de Filosofia da universidade. Loucura? Pode ser, mas o caso é que o discurso do professor Cirne Lima explicando porque aquele pátio, com todas as suas metáforas e interpretações, é um pátio que ensina filosofia foi uma das melhores aulas que eu já tive na minha vida. O cara é genial!