Buzz

Um belo dia um israelense resolve escrever numa folha de papel a data de 31 de agosto. Chamo a atenção para o fato do cara ser israelense por que isso quer dizer que ele escreve a data na forma dia/mês/ano. Bem, foi escrever e perceber que, graças à caligrafia dele, 3108 se assemelhava à palavra… blog! Pois bem, agora vamos respirar fundo e soltar um grande

ÓÓÓÓÓÓÓóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóó!!!!

Sim, foi por causa disso que inventaram que dia 31 de agosto é o dia do blog. Como se pode ver não há NADA de especial no dia 31/08 para ser o dia do blog. Aliás, o fato de blog ter um dia já é algo meio estapafúrdio. Se a gente se descuidar logo teremos um dia do portal, um dia do site, um dia do fotolog, um dia do… enfim, o caso é que fazer um dia do blog é a típica coisa sem sentido que aparece na rede e, a única coisa que salva a iniciativa é a idéia do blogueiro que quer participar listar cinco novos Blogs que ache interessante com uma breve descrição.

Bem, eu fiquei pensando em blogs novos e fiquei na dúvida: o que é blog novo? É o blog que tem quantos dias? Se eu fosse listar os blogs interessantes que apareceram agora em agosto na minha lista não apareceria nenhum, já que não me lembro de ter visto um blog novo nesse período. Assim sendo, vou colocar aqui alguns blogs que eu acho interessantes, pronto. Vale a pena lembrar que eu tenho trocentos blogs assinados no bloglines, de forma que esses 5 aí são só uma amostra… Ok, chega de ficar pedindo desculpas e vamos que vamos:

  • bernabauer.com: tinha que começar com um blog sobre tecnologia, não é? Pois é, o Bernardo tá fazendo um trabalho muito legal no que diz respeito às últimas novidades do mundo da informática. É umdos meus blogs favoritos para saber as novidades, junto com o Circuito da Cristina de Luca, o LinuxBR e o Baguete.
  • Caveat Emptor: enquanto o Bernabauer vem com novidades o Solon vem com opiniões sobre a área de tecnologia.
  • De Gustibus Non Est Disputandum: você é como eu e não entende lhufas de economia? Pois bem, eis um um blog que sempre dá alguns flashes sobre esse mundo maluco de forma didática. Outro na mesma linha que eu recomendo, aliás, é o Rabiscos Econômicos.
  • fff: não sei como definir o Felipe Fonseca… Um atrator estranho? Um catalizador? Um agregador? Bem, o caso é que ele é um daqueles caras na qual a gente tem que ficar de olho, pois ele de alguma maneira sabe das coisas, ou sabe quem é quem sabe, e costuma reunir essas pessoas, dando origem a projetos como o MetaReciclagem, que não é pouca coisa não.
  • Zoreiada Profi: entre os blogs com links para baixar CDs recomendados esse consegue ser um dos melhores. A seleção que ele faz é simplesmente ótima, seja no que se refere à novidades, seja no que se refere à clássicos. Ótimo!

Ah sim, era para mandar emails para os caras desses blogs avisando eles. Mas como tô com preguiça deixa prá lá. Eles que descubram esse post pelos referrers deles. 😀

E já que estamos falando de blogs, duas coisas: um, vale a pena ler a pesquisa blogosfera Brasil feita pela Verbeat; e dois, é impressão minha ou metade daquele povo que tá na lista blogosfera tá nessas de fazer blog para ganhar dinheiro? Ê gurizada, não quero dizer nada, mas eu acho que não é por aí não, assim como não é por aí não ficar inventando regras do que é que um blog tem que ter para ser um blog. Oras, um blog nada mais é do que uma página com posts (que podem ser curtos ou longos) ordenados de forma cronológica descendente. Nada mais do que isso. É um formato, não um estilo. É uma forma, não um conteúdo. Assim sendo, deixem as pessoas fazerem o blog delas em paz, com ou sem RSS, com ou sem comentários, com ou sem preocupações de ficar linkando para outros blogs. A gente já tem patrulhas demais no mundo para ficar se preocupando, e querem inventar mais uma? Não, obrigado.

Perdendo a virgindade

Pois é, falar o que quando dá tela azul da morte no… Linux? Pois é, é essa a história da qual nos fala MeioBit, onde por conta de um erro na atualização do sistema usuários do Ubuntu Linux tiveram seu gerenciador gráfico danificado:

Failed to start X server

E dá-lhe passos e mais passos para corrigir o problema… Fico pensando no pobre do usuário leigo, que é o foco do projeto Debian, se defrontando com uma interface modo caracter e entrando com comandos, ao mesmo tempo que pensa “Pô, no Windows era só reinicializar a máquina e deu, se foi o problema…”.

Ok, tá certo, software perfeito não existe, mas o caso é que tenho observado cada vez mais um certo amadorismo (na pior acepção da palavra) no que diz respeito a sistemas abertos. Por exemplo vamos pegar o Firefox: de um projeto elegante, que ocupava pouco espaço em memória, ele tem se tornado um devorador de megas e mais megas de RAM. Parece que hoje há uma preocupação maior dentro da Mozilla Foundation no sentido de “temos que fazer propaganda para conseguir mais e mais usuários” do que no sentido de “temos que desenvolver um produto melhor para que tenhamos mais e mais usuários”.

Não consigo entender porque isso está acontecendo só sinto que quanto mais popular um software fica menos qualidade ele tem. Eu tenho a suspeita que é por ser mais popular os desenvolvedores passam a se defrontar com mais problemas não-triviais descobertos pelos usuários de forma que eles passam a meio que perder o rumo do projeto, passam a trabalhar com tantas variáveis nas suas cabeças que eles meio que se perdem. E vale lembrar que projetos no modelo bazar costumam não ter um projeto formal. Não, não tenho dados, não tenho como provar esse preceito, ele é mais um sentimento e um achismo do que um fato comprovado, mas é o que eu sinto, vou fazer o quê? De qualquer maneira aí está a tela azul da morte no Ubuntu, a fome de memória do Firefox, o bug no kernel do Linux no que diz respeito a mouse ópticos, e por aí vai… É de se perguntar se o problema não está no modelo bazar proposto pelo ESR, visto que o FreeBSD está aí usando o modelo catedral e vai muito bem, obrigado.

E sim, eu sei que a tela azul da morte aí foi do Ubuntu, não do Linux, mas você entendeu qual é o foco desse post né? 😉

Navegando no Vista

Imagine a seguinte situação: você tem um empresa de software que desenvolve uma série de programas e, um dia, se sentindo ameaçada em seu negócio, resolve criar uma versão gratuíta de um software concorrente, que era um shareware (ou seja: você baixava de graça, usava por um tempo e se fosse usar de forma comercial você tinha que pagar por ele). A estratégia dá tão certo que simplesmente mata a concorrente, de forma que você passa a dominar o mercado. Contudo, você agora tem um pepino na mão: manter atualizado um software na qual você não ganha dinheiro de forma direta. Pior: como você teve que integrar o software aos sistemas que você vende, criando uma relação de dependência, é fácil o erro que há em um se refletir em outro, diminuindo a segurança dos produtos como um todo, o que acaba fazendo com que a imagem da sua empresa fique arranhada. Tão arranhada que usuários passam a usar outros softwares no lugar do seu, pois, mesmo não sendo tão fáceis de usar e/ou rápidos, são mais seguros, seja porque tem menos gente explorando falhas, seja porque são construídos de forma melhor. E dentre estes softwares alternativos está justamente o seu antigo concorrente, aquele que você tirou do mercado, que agora está com o código fonte aberto e a cada dia que passa conquista mais e mais usuários. E aí, o que você faz? Vale a pena investir em continuar desenvolvendo o seu produto, justo ele que é responsável por grande parte das críticas à sua empresa, ou será que faz mais sentido adotar o antigo concorrente, já que tendo ele o código liberado sob uma licença que permite que se desenvolva um produto fechado é possível se criar uma edição customizada e, porque não?, fechada se assim se desejar? E aí, o que você faria?

Pois é, é fácil perceber que a empresa em questão não é a sua, mas sim a Microsoft, e estamos falando do IE, do Netscape, do Linux e do Firefox. E a resposta da pergunta pode estar nesse email que a Microsoft mandou para o grupo Mozilla:

From: sra…@microsoft.com
Date: Sat, Aug 19 2006 4:52 pm
Email: sra…@microsoft.com
Groups: mozilla.dev.planning

Schroepfer and all:

I sent this invitation to s…@mozilla.org as well, but in case their spam filters are set to block @microsoft.com email addresses, I’m posting here.

I am the Director of the Open Source Software Lab at Microsoft, and I’m writing to see if you are open to some 1:1 support in getting Firefox and Thunderbird to run on Vista.

As part of my mission as an advocate for open source applications on Windows, I’ve gotten spaces set aside at the Windows Vista Readiness ISV Lab. In the past the company has only invited commercial software developers to these labs. I’m committed to evolving our thinking beyond commercial companies to include open source projects, so I went to the non-trivial effort of getting slots for non-commercial open source projects.

The lab itself is a 4-day event held in Redmond every week through December 2006; we provide secure office space for 4 people, hardware, VPN access, and 1:1 access to product team developers and support staff.

If you’re interested, please send email to sra…@microsoft.com, jcan…@microsoft.com, and mfran…@microsoft.com – I’m on vacation through 8/27, but Jamie Cannon and Michael Francisco will help you get tracked in.

You can learn a little more about my lab on our site, http://port25.technet.com.

Best regards,
Sam Ramji
Director, Open Source Software Lab
Microsoft Corporation
(510)913-6495

Sim, eu sei: não está ali no email “queremos adotar seu produto no Vista”. Possivelmente vai ser discutido o que a Microsoft pode fazer para que os usuários do Vista tenham “uma melhor experiência” no que se refere ao uso do Firefox e uma melhor integração entre o Outlock e o Thunderbird. De qualquer maneira eu não deixaria de lado a hipótese da Microsoft um dia se juntar no desenvolvimento do Firefox, visto que o IE é um produto que representa gastos sem retorno. Vale lembrar que a Microsoft já usou partes do código da pilha TCP/IP do FreeBSD no Windows NT, que o Hotmail ainda roda sobre FreeBSD e que para a Microsoft a licença GPL é que é um vírus, não a BSD. Assim sendo, não é de se estranhar que daqui a alguns anos tenhamos uma raposinha dando voltinhas ao redor de um e.

Barcamp Brasil vem aí

BarCamp BrasilEis um evento que eu queria ir, o BarCamp Brasil,que o pessoal da BlazHost está organizando. O Kenji já tinha me dado as tintas de que o evento ia sair, e quando vejo o André Avorio, que é quem está organizando a coisa toda, me mandou um convite 🙂 Só que não vai dar, já que nunca estive tão estourado no cheque especial, de forma que necas de grana para pagar ônibus até Florianópolis, assim como outras despesas. Mas, enfim, o caso é que esse é um evento que vale a pena ir, e vou me virar para ir na edição do ano que vem.

Mas afinal, o que é o BarCamp? Ele nada mais é que uma rede de eventos sobre o mundo digital, onde ocorrem os encontros mais interessantes de hoje em dia. É uma rede internacional de “desconferências”, de eventos-workshops abertos onde os temas são apresentados pelos participantes, com foco em aplicações web, tecnologias de códigos abertos e protocolos sociais. Detalhe: esse é o foco, mas se alguém quiser colocar alguma outra proposta na roda e houiver interessados está valendo. Os BarCamps são organizados (e divulgados) largamente através da web atrelados a o que pode ser chamado de um “toolkit de comunicações Web 2.0”, isto é, via wiki, de forma aberta e colaborativa. Desde a primeira edição que ocorreu entre 19 e 21 de agosto de 2005, em Palo Alto – Califórnia, já ocorreram dezenas desses encontros pelo mundo, contando com a presença de figuras de ponta da comunidade do desenvolvimento web como por exemplo o Tantek Çelik, um dos cabeças por trás do Technorati.

E não quero dizer nada, mas se for pela lista de interessados em participar do encontro essa edição aí promete 🙂

Spam spam spam

Pois é, digamos assim: cansei dos spams. Eu tinha colocado aqui no blog a aprovação prévia de comentários, onde eu recebia um email me passando o link para aprovar ou descartar um comentário. Era por conta disso que os comentários não entravam na hora… Bem, o caso é que cansei de ficar moderando, já que diariamente eu estava recebendo uma média de mais de 100 spams nos comentários. Assim sendo fui obrigado a adotar outra política: quem quiser comentar sinta-se à vontade, só que precisará se registrar no site antes. Sim, eu sei que isso é antipático, mas infelizmente vivemos num mundo onde os bons pagam pelos maus. 🙁

25 anos do computador pessoal?

Pois é, como imprimi o boleto e coloquei ele de lado, esqueci de pagar o Registro.BR e o domínio pilger.com.br ficou inacessível durante uns dias, de forma que posso dizer que perdi o tempo para uma coisa que rolou essa semana, que é a comemoração dos 25 anos do IBM PC.

O que me chamou a atenção é que simplesmente alguns sites de notícias como a BBC Brasil, o Valor Econômico e o Êltimo Segundo simplesmente pegaram o PC (de “personal computer”) e esqueceram o IBM na frente da sigla, não dizendo uma coisinha muito importante: que o primeiro computador pessoal a merecer o nome não foi o IBM PC, mas sim o Micral, de 1972. E o primeiro grande sucesso de vendas na área de computadores pessoais foi o Apple II, de 1977.


Isso reduz a importância do IBM PC? Não, não reduz. Foi graças ao fato da tecnologia ser aberta (o que permitiu o aparecimento de clones) e ter uma marca forte por trás que acabamos tendo uma plataforma padrão para computadores domésticos. Antes do IBM PC havia um catatau de computadores pessoais diferentes, todos eles incompatíveis. Nesse ponto a vitória do IBM PC sobre os outros computadores foi uma coisa boa.

Porém, vamos voltar ao que foi divulgado… Bem, não é de hoje que os meios de comunicação meio que distorcem a história. Um exemplo? Ano passado vários jornais falaram sobre os 10 anos da Internet brasileira. Simplesmente alguém inventou que a data marco para a Internet no país foi o 1.º de maio de 1995, quando a Embratel lançou um projeto-piloto para oferecer acesso em algumas grandes cidades do país. Simplesmente foram jogados na lata de lixo da história todo o trabalho pioneiro que vinha se fazendo nas universidades desde 1986 e que em 1992 culminou na criação da Rede Rio, em 1992. Ou seja, nem argumentar que era uma rede restrita à comunidade acadêmica se pode, já que a população tinha acesso à rede através da AlterNex. Outro exemplo: o primeiro jornal brasileiro na Internet foi o Jornal do Commercio de Recife, que em 1994 utilizava o protocolo gopher para distribuir informações. Contudo, quando se fala em primeiro jornal brasileiro na internet se fala geralmente no JB, que colocou no ar seu site em maio de 1995. Só que ele foi o primeiro jornal brasileiro na Web…

Porque isso? Eu desconfio que que é por que os veículos de comunicação precisam de uma marca forte por trás de alguma idéia para dar credibilidade para ela. Vamos lembrar da época quando o Orkut apareceu. Nessa época já haviam outras redes sociais como o Friendster mas nenhuma com uma marca forte como o Google, o que fez com que ela se tornasse A rede social no país, tanto que tem muito jornal que trata o Orkut como sendo a primeira rede social… Bem, de qualquer maneira eu tenho pena da pessoa que se dedicar a escrever a história da Internet brasileira. Ela vai ter que garimpar muito para descobrir os verdadeiros pioneiros, para filtrar ruídos baseados em marcas, para distinguir o que é fato e o que é propaganda.

Dando uma mãozinha

Tenho um amigo mineiro que mora aqui em São Leopoldo, o TecSoul, e ele tem um primo distante de 11 anos que desapareceu. O nome dele é Pedro Augusto Santos Prates Beltrão e desde o dia 8 de agosto não se tem mais notícias dele. O garoto saiu de casa na terça-feira, por volta das 15h30, com R$ 5 para ir até a papelaria.

Ele estava com uniforme do Colégio Imaculada Conceição (short azul marinho e uma blusa branca) e sumiu perto da avenida João Pinheiro, Rua da Bahia, Augusto de Lima e Alfonso Pena, próximo da faculdade de direito da UFMG. Segundo o tio do garoto, o agrônomo Alexandre Prates Beltrão, o menino chegou a fazer a compra e depois não foi mais visto por ninguém: “O meu irmão levou uma foto dele na loja e a vendedora o reconheceu. Estamos desesperados, pois essa é uma situação muito trágica para a família e completamente inesperada”.

A foto que está aí do lado é a foto do garoto. Se alguém tiver interesse em ajudar pode acompanhar o caso através do Orkut, na comunidade Ajudem a achar o Pedro!!!, assim como entrar em contato com a Polícia Civil pelo telefone 0800-2828-197. E já que tocamos no assunto, aproveite e dê uma olhada na página de desaparecidos mantida pelo governo de Minas Gerais. Aliás o Rio Grande do Sul tem uma relação de pessoas desaparecidas também.

Abrindo o voto: Presidente

Como eu disse antes, pretendo abrir meu votos, de forma que os leitores desse blog possam dar sua opinião. Bem, então vamos começar por Presidente da República. No caso é escolher entre o Cristovam Buarque, o Geraldo Alckmin, a Heloísa Helena, o José Maria Eymael e o Luciano Bivar. O Lula está devidamente descartado da minha lista.

Então, qual desses vai levar o meu voto? A resposta é Cristovam Buarque:

Cristovam Buarque

E porquê? A resposta é simples: EDUCAÇÃO. Enquanto os outros candidatos ficam com propostas envolvendo imposto único, reforma tributária, não pagamento da dívida externa, o Cristovam coloca que a prioridade dele é educação e bate muito nisso. Vale a pena destacar alguns trechos da entrevista dada para o Jornal Nacional no dia 09.08.2006:

Cristovam Buarque: (…) o Bolsa Escola surgiu em 1986, quando eu era reitor, publiquei um livro dizendo isso, e no primeiro dia de meu governo eu lancei. (…) Ampliamos a jornada, aumentamos 64% do salário do professor, criamos o Poupança Escola. Toda criança da Bolsa Escola recebia, no final do ano, se passasse de ano, o dinheiro na caderneta de poupança.
(…)
Cristovam Buarque: Criei o programa de certificação federal do professor, que é o passo do que eu chamo de federalização, criei o programa de erradicação do analfabetismo em quatro anos, que o presidente em março já disse que eu queria comer cru, que quem come apressado come cru. Criei o programa de escola ideal…
(…)
Cristovam Buarque: Toda criança tem que aprender a ler antes dos sete, oito anos de idade, em qualquer cidade do Brasil. Hoje é impossível, sabe porque? Porque a desigualdade de uma cidade para outra é muito grande e a vontade de um prefeito para o outro é muito grande. Você tem que ter uma lei de responsabilidade educacional. O prefeito que não cumprir metas federais fica inelegível. (…) É preciso fazer com que educação básica seja uma responsabilidade do presidente. Aí definem-se metas para o país inteiro. Padrões para o país inteiro. Toleram-se as diferenças de cada um.
(…)
Cristovam Buarque: O governo federal acabou de gastar R$ 9 bilhões para cobrir um rombo do fundo de pensões de uma estatal. R$ 9 bilhões. Eu falo em R$ 7 bilhões. Não só para o salário. Para o salário, para construir escola, para botar horário integral, para tudo isso. R$ 7 bilhões é 1% do orçamento.
(…)
Cristovam Buarque: Professor tem que virar gente nesse país porque a pergunta mais séria é porque é que não teve ainda um salário-mínimo para professor, gente? Tem para toda profissão. Por que? Porque deixou-se que é um critério municipal. Vamos definir um salário para professor, a nível federal. Professor merece. Outra coisa. O futuro do Brasil tá no professor. A gente quando faz um viaduto, uma estrada, leva de um lugar para o outro. Mas do presente ao futuro, só a escola, só o professor.
(…)
Cristovam Buarque: Eu estou aqui porque eu quero mudar o meu país. E só tem um jeito de mudar. É uma revolução na educação.
William Bonner: Eu gostaria de saber então, esta é sua prioridade, educação. Qual é a sua segunda prioridade?
Cristovam Buarque: Todas as outras. Mas são obrigações. Tem que cuidar da economia, da saúde, da escola, da estrada. Agora, mudar, fazer um Brasil novo. O Brasil bate numa parede. A gente cresce mas não distribui. A gente faz estrada, mas tem que fazer cadeia. Vocês viram o noticiário até a pouco. O noticiário só tem corrupção, só tem desperdício, perda. Sua educação é que vai revolucionar o Brasil.

Pois é, educação. E nessa hora vale lembrar a clássica frase do doutor Derek Bok, ex-reitor de Harvard: “Se você acha educação cara, tente a ignorância.”

Abrindo o voto

Pois é, ano eleitoral e lá vamos nós de novo escolher nossas otoridades. Confesso que essa é a primeira eleição que eu tenho que parar para pensar seriamente em quem vou voltar, visto que nas eleições anteriores eu sempre votei na legenda. No caso no partido à qual fui filiado durante uns 10 anos, o PT. Sim, eu fiz parte do partido e fui ingênuo em acreditar que o pessoal que havia lá dentro estava preocupado em mudar a política brasileira, não só em ter o poder. Acreditava tanto que votava não no Lula, mas sim no PT, sabendo que ele ia ser um fantoche do partido, uma figura carismática que não ia mandar patavinas. E de fato foi isso que aconteceu. Só que o que eu não esperava é que o PT vestisse a camisa de corruptor no caso do Mensalão e participasse de barbaridades como as expostas pela CPI dos Sanguessugas. Sim, fui ingênuo, burro, e tenho que pedir desculpas a muitas pessoas por isso. O Lula pode ter feito algumas coisas muito boas, como o projeto “Computador para Todos”, mas mesmo assim ele ficou MUITO aquém das expectativas. O que o país esperava era uma renovação, uma nova maneira de fazer política, não essa desgraceira que a gente viu aí, onde pipocaram medidas provisórias e crimes como suborno a deputados e caixa dois.

Assim sendo, resolvi fazer o seguinte: vou abrir meus votos para os candidatos que pretendo votar. Caso alguém tenha algum objeção contra o mesmo é só ir nos comentários e deixar seu pitaco, que vou refletir sobre o assunto. O que eu desejo é votar certo dessa vez, e para isso peço a ajuda de todos que lêem esse blog. 😉

Chama o ladrão

É brabo morar num país onde, em vez de proteger o patrimônio da população, a polícia aproveita para afanar o que não foi roubado:


E para completar o choque, os soldados flagrados eram soldados exemplares:

Os dois soldados da Polícia Militar do Paraná presos por furtar o rádio de um automóvel em Curitiba já receberam medalhas de honra do governo do Estado pelos anos na corporação com conduta exemplar e sem punições por infração. Altenes Pinheiro, 37 anos, e Adriano Fronza, 34 anos, foram homenageados, respectivamente, em maio de 2005 e em março de 2004.

Agora imagine o que não fazem os soldados que não tem conduta exemplar… Medo, muito medo.